Pode ter ido para a lavanderia corpo do bebê sumido no hospital de Niterói

Rio 247_ Em entrevista ao SBT, a mãe da criança desparecida no necrotério do Hospital de Clínicas de Niterói, na quinta-feira passada, disse aos prantos que o hospital não tinha explicação para o sumiço de sua filha. Segundo ela, a diretora da casa de saúde explicou que havia várias hipóteses para o sumiço da criança, inclusive que ela poderia ter sido misturada com os lençóis e despachada para a lavanderia do hospital. “A diretora disse que o corpo, por ser muito pequeno, poderia ter sido enviado por engano para a lavanderia ou trocado por outro na funerária, onde qualquer pessoa pode entrar”, disse a mãe, que não quer ser identificada.

O hospital, de fato, continua sem dar uma explicação para o desaparecimento da criança. A polícia vai ouvir, hoje, os pais da menina e na terça os funcionários do hospital. O delegado da 76ª DP (Niterói), Nilton Pereira dos Santos Silva, vai apurar se há câmeras nas proximidades do acesso ao necrotério, que possam dar uma pista para solucionar o caso.

O Hospital das Clínicas de Niterói abriu uma sindicância interna formada por representantes da direção e funcionários da casa para apurar os fatos. O resultado, segundo o hospital, deve sair em até 15 dias.

A bebê nasceu prematura no dia 21 do mês passado, com 30 semanas e 490 gramas, considerado "prematuridade extrema", segundo o boletim médico, e permaneceu internada na UTI Neonatal do necrotério do hospital por seis dias, até falecer. Dois dias depois, na quinta-feira, o corpo desapareceu.

Em nota divulgada à imprensa, a direção do hospital ressaltou que, "além de lamentar profundamente o ocorrido, se solidariza com a família e se compromete em não envidar esforços para esclarecer os fatos e punir os envolvidos". Outra medida anunciada pela unidade é a instalação de câmeras de monitoramento no corredor do necrotério, segundo a nota.