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Sudeste

Polícia agiu por vingança após morte de policial no Jacarezinho, dizem especialistas

"Isso é o padrão de uma chacina de vingança", afirmou José Augusto Rodrigues, da Uerj, sobre o massacre no Jacarezinho (RJ). Cientista social Silvia Ramos questionou a versão da Polícia de que todos eram traficantes. "Não existe a possibilidade", afirma ela, de que em duas ou três horas, 27 pessoas reajam à polícia e a polícia tenha que matar em legítima defesa"

Protesto Jacarezinho (Foto: Reprodução/ TV Globo | Ricardo Moraes/Reuters)
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247 - Especialistas avaliaram que a chacina do Jacarezinho (RJ), onde 28 pessoas morreram baleadas, foi consequência de uma operação motivada por vingança e não por critério técnicos e de inteligência. De acordo com José Augusto Rodrigues, do Laboratório de Análises da Violência da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), a operação se transformou em vingança após a morte do inspetor policial André Leonardo Mello Frias, 48. 

"Isso é o padrão de uma chacina de vingança. Essa operação foi tudo, menos normal. A maior parte das pessoas já tinham largado as armas, já estavam se rendendo, e eles preferiram fazer uma chacina para vingar a morte do policial", disse. Os relatos dos analistas foram publicados em reportagem do portal Uol

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Segundo Marcos Espínola, advogado criminalista com especialização em segurança pública, a morte do policial "com certeza foi preponderante". "Eles vão dizer que não, mas isso motiva os policiais, todos eles armados. Não tenho dúvida", acrescentou.

A cientista social Silvia Ramos questionou a justificativa da Polícia Civil de que todos eram traficantes. "Dos 27 mortos, diversos foram executados, não existe a possibilidade, pela lógica de uma operação, em que em duas ou três horas, 27 pessoas reajam à polícia e a polícia tenha que matar em legítima defesa", disse. 

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De acordo com Jacqueline Muniz, doutora em estudos policiais na Universidade Federal Fluminense (UFF), a morte de suspeitos vai na contramão da inteligência policial, uma vez que prejudica a investigação. 

"Não importa se é um cidadão suspeito ou não, não existe pena de morte aqui. Matar a galinha dos ovos de ouro da investigação é mais um índice de incompetência. Quando você mata um suspeito criminoso, você acaba de matar a inteligência, a produção de conhecimento, porque ele é uma fonte [para a investigação]", disse.

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