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      Polícia pode cobrar identificação de mascarados

      A partir desta terça-feira 3, policiais do Rio estão autorizados a abordar pessoas mascaradas ou com rosto coberto em protestos e exigir documento com foto e a levá-las para delegacia para identificação criminal com foto e impressões digitais; aval foi concedido pela Justiça a pedido da Comissão Especial de Investigação de Atos de Vandalismo em Manifestações Públicas

      A partir desta terça-feira 3, policiais do Rio estão autorizados a abordar pessoas mascaradas ou com rosto coberto em protestos e exigir documento com foto e a levá-las para delegacia para identificação criminal com foto e impressões digitais; aval foi concedido pela Justiça a pedido da Comissão Especial de Investigação de Atos de Vandalismo em Manifestações Públicas (Foto: Gisele Federicce)
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      Flávia Villela
      Repórter da Agência Brasil

      Rio de Janeiro – A partir de hoje (3), policiais estão autorizados a abordar pessoas mascaradas ou com rosto coberto em protestos e exigir documento com foto e a levá-las para delegacia para identificação criminal com foto e impressões digitais. A Justiça concedeu o aval a pedido da Comissão Especial de Investigação de Atos de Vandalismo em Manifestações Públicas, formada pelo Ministério Público, pela Polícia Civil, Polícia Militar e pela Secretaria de Segurança Pública.

      O promotor Décio Gomes, do Ministério Público do Rio de Janeiro, negou que a medida seja coercitiva e declarou que servirá para coibir que indivíduos, com rostos cobertos, aproveitem para cometer atos de vandalismo nos protestos. "A pessoa não será presa. Ela será liberada após a identificação criminal e poderá voltar para a manifestação usando a máscara. Mas poderá ser abordada inúmeras vezes", explicou o promotor. "A ideia é se o Estado é obrigado a se identificar por meio de seus agentes, aqueles que quiserem se manifestar de forma legítima também serão obrigados a se identificar".

      O delegado Ruchester Marreiros Barbosa, que também faz parte da comissão, explicou que o objetivo da medida é identificar pessoas que cometeram atos de vandalismo durante protestos. De acordo com o delegado, 50 pessoas tiveram os rostos captados por câmeras, mais sem a checagem de identificação. A polícia conseguiu identificar os nomes de mais 18. "A identificação criminal vai permitir que com as imagens [da polícia] a gente possa confrontá-las com as já identificadas no inquérito policial, vai ajudar nas investigações", disse o policial. Segundo ele, a recomendação é que a abordagem policial seja filmada pelos agentes para garantir a transparência da ação.

      As fotos dos indivíduos ficarão armazenadas em um banco de dados até o término das investigações, sem prazo para terminar, e serão comparadas com outras imagens.

      Outra medida determinada pela Justiça exige que os policiais militares tenham identificação visível, com os nomes e do batalhão a que pertencem. Gomes informou ainda que a lista dos policiais envolvidos nessas operações deverá ser encaminhada ao Ministério Público com 24 horas de antecedência.

      O coronel da Polícia Militar, Paulo Henrique de Moraes, informou que a nova abordagem será amplamente usada nas comemorações ao dia 7 de setembro, quando estão previstas manifestações por todo o país. Além disso, as Forças Armadas vão ajudar na segurança na capital fluminense e em outros municípios.

      Edição: Carolina Pimentel

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