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    Policiais cobravam propina no Rio, diz MP

    O promotor de justiça Alexander Araújo disse que policiais da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) recebiam pagamentos de propina dentro do estacionamento da unidade; as apurações são um desdobramento da Operação Hiena, que investiga policiais que participavam de uma organização criminosa desde 2012; um delegado e um perito da Polícia Civil do Rio foram presos, suspeitos de ligação com o esquema; mais de 20 empresários seriam vítimas do grupo

    O promotor de justiça Alexander Araújo disse que policiais da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) recebiam pagamentos de propina dentro do estacionamento da unidade; as apurações são um desdobramento da Operação Hiena, que investiga policiais que participavam de uma organização criminosa desde 2012; um delegado e um perito da Polícia Civil do Rio foram presos, suspeitos de ligação com o esquema; mais de 20 empresários seriam vítimas do grupo (Foto: Leonardo Lucena)

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    Rio 247 - O promotor de justiça Alexander Araújo disse nesta quarta-feira (1) que policiais da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) recebiam pagamentos de propina dentro do estacionamento da unidade. As apurações são um desdobramento da Operação Hiena, que investiga policiais que participavam de uma organização criminosa desde 2012. Um delegado e um perito da Polícia Civil do Rio foram presos, suspeitos de ligação com o esquema.

     A organização criminosa abordava os donos das empresas com uma suposta denúncia anônima de crime ambiental. A partir das investigações feitas no local, eles forjavam uma situação ilícita para cobrar propina dos empresários. "Alguns pagamentos eram feitos inclusive dentro da sede da DPMA, no estacionamento. Às vezes eram marcados em lugares distantes, mas em outras vezes isso acontecia na sede da DPMA", informou.

    Mais de 20 empresários seriam vítimas do grupo, conforme uma lista encontrada na casa de um dos suspeitos. Uma arma de fogo também foi apreendida durante o cumprimento de um mandado judicial na casa do delegado Fernando Reis. Ele é suspeito de chefiar a organização, aponta o Ministério Público.

    Segundo o delegado, "muitas vezes não havia crime ambiental algum, eles criavam irregularidades”. “Uma das vezes havia um poça de óleo no chão, eles alegavam que era crime ambiental e começavam a intimidar, muitas vezes com arma de fogo como consta na denúncia, para que o empresário se sentisse intimidado e ardesse à pressão", acrescentou.

    Ainda de acordo com Araújo, "o esquema de pagamento de propina, mesmo após a prisão dos acusados, continuou por intermédio do irmão do acusado Conrado e do filho”. “O policial envolveu na ação criminosa tanto o filho, quanto o próprio irmão".

    Os envolvidos no crime responderão pelos crimes de organização criminosa, extorsão, extorsão mediante sequestro e concussão. Outras sete pessoas, sendo cinco policiais civis, também foram denunciadas pelos mesmos crimes, mas estão presas. 

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