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Presidente da Fiesp disse a Guedes que bancos queriam atacar o governo Bolsonaro em manifesto

"Alguém na Febraban teria mudado isso para, em vez de ser uma defesa da democracia, ser um ataque ao governo", disse o ministro ao relatar as informações recebidas pelo presidente da Fiesp, Paulo Skaf, que adiou a publicação de um manifesto por conter ataques ao governo Jair Bolsonaro, acuado por corrupção, falta de crescimento econômico e alta na rejeição

Presidente da Fiesp, Paulo Skaf, e o ministro da Economia, Paulo Guedes (Foto: Marcos Corrêa/PR)

247 - O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, disse ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que a Federação Nacional dos Bancos (FENABAN) queria um manifesto de líderes empresariais com ataques à falta de ação do governo Jair Bolsonaro para a retomada do crescimento e não um texto em defesa da democracia. A informação foi publicada nesta quarta-feira (1) pela coluna de Malu Gaspar, no jornal O Globo.

O titular da Economia afirmou ter recebido a informação de "que havia um manifesto de defesa da democracia, e aí não haveria problema nenhum". "E que alguém na Febraban teria mudado isso para, em vez de ser uma defesa da democracia, ser um ataque ao governo. E aí a própria Fiesp disse que não iria fazer o manifesto, que está até suspenso por causa disso. Não estão chegando a um acordo", disse.

O dirigente da Fiesp havia adiado a publicação do manifesto de líderes a pedido do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Skaf negou ter desistido da divulgação do documento e disse que sua publicação foi adiada somente para permitir novas adesões de entidades.

Banqueiros e outros setores do empresariado não reagiram bem à atitude do presidente da Fiesp. Em grupos de mensagens e em conversas entre eles, empresários se referiam a Skaf como um "traidor" que "vendera" o manifesto ao governo. 

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