Queiroz demitiu ex-mulher do chefe do Escritório do Crime para blindar Flávio Bolsonaro
O ex-assessor Fabrício Queiroz demitiu Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega, que foi esposa do ex-policial Adriano Magalhães da Nóbrega, para evitar uma vinculação entre o gabinete de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) na Alerj e o criminoso, apontado pelo MP-RJ como chefe do Escritório do Crime, grupo suspeito de participação no assassinato da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ)
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247 - O ex-assessor Fabrício Queiroz demitiu Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega, ex-mulher de Adriano Magalhães da Nóbrega, para evitar uma vinculação entre o gabinete do atual senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) quando o parlamentar ocupava um cargo na Assembleia Legislativa e o criminoso, apontado pelo Ministério Público (MP-RJ) como o chefe do Escritório do Crime, grupo de matadores profissionais e suspeito de participação no assassinato da ex-vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL).
Em 6 de dezembro de 2018, Queiroz comunicou por Whatsapp a Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega que ela fora exonerada do gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj. Neste dia foi tornada público que o ex-assessor de Flávio Bolsonaro era alvo de uma investigação por movimentações milionárias. Queiroz movimentou R$ 7 mihões em de 2014 a 2017, de acordo com relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).
A íntegra da conversa foi extraída do celular de Danielle, apreendido pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-RJ, durante a Operação “Os Intocáveis”, em janeiro deste ano.
Segundo informações do jornal O Globo, o ex-assessor confirmou o contéudo e disse, por meio de seus advogados, que "tais diálogos tinham como objetivo evitar que se pudesse criar qualquer suposição espúria de um vínculo entre ele e a milícia".
O senador Flávio Bolsonaro fez homenagens ao ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega na Alerj. Ele foi apontado pelo MP-RJ como chege do Escritório do Crime, que faz exploração mobiliária ilegal. As investigações da Polícia Civil do Rio apontam vinculação entre a facção e o homicídio contra a ex-vereadora Marielle Franco (PSOL), que era ativista de direitos humanos e vinha denunciando a existência de milícias e a truculência policial nas favelas da capital fluminense.
A forte suspeita é a de que o assassinato tenha ligação com o crime organizado. Em março do ano passado, mês do homicídio, os criminosos perseguiram o carro da então vereadora por cerca de quatro quilômetros e efetuaram os disparos em um lugar sem câmeras no centro do Rio.
Quando era deputado estadual, o filho de Jair Bolsonaro votou contra a proposta do então deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), atual deputado federal, para conceder a medalha Tiradentes em homenagem à vereadora.
Em março de 2019, dois suspeitos de serem os assassinos de Marielle forma presos: o policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-militar Élcio Vieira de Queiroz. O primeiro é acusado de disparados os tiros e o segundo de dirigir o carro que perseguiu a parlamentar. Lessa morava no mesmo condomínio de Bolsonaro e Vieira de Queiroz, de 46 anos havia postado no Facebook uma foto ao lado do atual ocupante do Planalto.
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