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Recessão Temer-Meirelles derruba o Natal no Rio

A Saara (Sociedade de Amigos da Rua da Alfândega e Adjacências), no centro da capital fluminense, refletiu neste sábado (24) a crise financeira no Rio de Janeiro. O maior comércio popular a céu aberto do estado, que costuma ficar intransitável nessa época do ano pela multidão de consumidores, tinha movimento tranquilo

A Saara (Sociedade de Amigos da Rua da Alfândega e Adjacências), no centro da capital fluminense, refletiu neste sábado (24) a crise financeira no Rio de Janeiro. O maior comércio popular a céu aberto do estado, que costuma ficar intransitável nessa época do ano pela multidão de consumidores, tinha movimento tranquilo (Foto: Gisele Federicce)
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Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil

A Saara (Sociedade de Amigos da Rua da Alfândega e Adjacências), no centro da capital fluminense, refletiu neste sábado (24) a crise financeira no Rio de Janeiro. O maior comércio popular a céu aberto do estado, que costuma ficar intransitável nessa época do ano pela multidão de consumidores, tinha movimento tranquilo neste sábado.

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Para o comerciante Antonio Pereira dos Santos, este é o pior ano em termos de vendas desde que começou a trabalhar no Saara há 18 anos. "Está sendo um ano muito atípico, poucas pessoas na rua. Não quero viver um ano tão ruim quanto este. Ainda bem que não comprei muita mercadoria, já prevendo essa queda", disse.

Há dez anos trabalhando no Saara, a vendedora Ana Márquez da Silva Freitas também nunca viu um movimento tão fraco. "O movimento aqui era muito forte. De uns três anos para cá vem caindo. Geralmente, a semana toda do Natal fica muito cheio, olha como está agora. É a crise, né?"

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A assistente administrativa Elisabete França disse que só saiu às compras hoje, porque sabia que não estaria cheio. "Não deixo nada para última hora. Vim, porque minha tia no último minuto me pediu para comprar um presente. Este ano está muito mais tranquilo, bem mais vazio. E só vim, porque sabia que não estaria cheio, não venho nesta época", disse.

Frequentador do Saara, o garçom Marcelo Nunes Bernardo foi ao local passear com a família e comemorar o aniversário. "Ano passado não dava para andar assim, com espaço à vontade. Também trabalho aqui no Centro e convivo aqui há 12 anos. O movimento caiu muito, inclusive no meu trabalho. Cada ano parece que está caindo. Dizem que é a crise, né?", comentou.

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A empregada doméstica Lidiane Sousa comprou apenas lembrancinhas. "Este ano, só comprei besteirinha para não passar em branco. O dinheiro não está dando. A prioridade é a comida", comentou.

De acordo com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), este Natal terá queda de 5% nas vendas em comparação com 2015. O desemprego no estado chegou ao índice 12% e os salários atrasados desde novembro dos servidores no estado também afetaram a ceia de Natal.

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Segundo pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV), 52,8% dos entrevistados disseram que a ceia não será farta; 38,9% que será igual a de 2015. Ontem, servidores simularam uma "ceia da miséria" para protestar contra os atrasos.

A Saara, formada em 1962 por comerciantes de uma das mais antigas áreas da cidade, ocupa o trecho do centro do Rio circundado pelas Ruas dos Andradas, de Buenos Aires, da Alfândega e da Praça da República.

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