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Sudeste

Sindicato fala em ‘traição’ de Tarcísio e greve continua no Metrô

Trabalhadores afirmam que voltarão imediatamente ao serviço caso Metrô aceite proposta feita pelo MPT

Metrô de São Paulo e Tarcísio de Freitas (Foto: ABR | GOV SP)
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 RBA - Os metroviários de São Paulo decidiram se manter em greve até que o Metrô aceite proposta conciliatória apresentada nesta quinta-feira (23) pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). A proposta tem cinco itens: abertura de agenda de negociação, pagamento de abono (no valor de R$ 2.500 por ano de 2020 em diante), cancelamento de punições, não desconto de dias parados e abertura de “cláusula da paz” entre as partes, enquanto durarem as discussões. Se a empresa concordar com os itens apresentados pelo MPT até as 23h, eles afirmam que voltarão ao trabalho imediatamente.

 Na assembleia realizada na noite desta quinta-feira (23), ainda em andamento, na sede do sindicato (Tatuapé, zona leste), a presidenta do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa, fez um histórico das tentativas de negociação e acusou o governador Tarcísio de Freitas de “traição”. Segundo ela, enquanto o governo sinalizava que aceitaria a liberação das catracas, recorria à Justiça contra a greve.

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>>> Tarcísio decreta ponto facultativo em São Paulo após impasse na greve dos metroviários

 Governo contra a população

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 “O Metrô não apresentou proposta nenhuma (ontem). O sindicato apresentou a proposta da catraca livre”, disse Camila. “O que o Tarcísio de Freitas fez foi uma traição à ação da catraca livre, que favoreceria a população” acrescentou. Ela informou que foi procurada pela direção do Metrô, na manhã de hoje, para saber em quanto tempo os trabalhadores voltariam a seus postos no caso de abertura da catraca. Mas, enquanto isso, buscava liminar judicial. “Foi um show de intransigência.”

 A decisão ocorre após um dia de vaivéns nas conversas envolvendo o sindicato, a Companhia do Metropolitano e o governo de São Paulo. Os metroviários acusaram o Executivo de “má fé”. A categoria está em campanha pelo abono há semanas. Chegou a fazer protesto no dia 9 e adiou greve marcada para o dia 15. Em nota, o Metrô disse que fez “todos os esforços” para um acordo e considerou “incompreensível” a postura do sindicato. A empresa diz não ter como pagar um abono neste momento.

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 Inicialmente, o governo afirmou, pelas redes sociais, que o Metrô funcionaria com catracas abertas. A empresa já teria, inclusive, comunicado o sindicato sua aceitação. E condicionou a medida ao retorno imediato dos trabalhadores, ainda no período da manhã.

 Categoria quer trabalhar

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 Em entrevista ainda cedo, Camila Lisboa disse que os trabalhadores do Metrô encerrariam a greve em duas circunstâncias. “Se libera as catracas pros trabalhadores, porque nós não queremos prejudicar os passageiros, e se também o governador Tarcísio abre negociação. O metroviário e a metroviária querem trabalhar, mas eles também querem lutar pelos seus direitos. Nós somos trabalhadores que nao pararam de trabalhar durante toda a pandemia, e durante todo esse período o Metrô deixou de pagar coisas que nos deve”, afirmou. Na assembleia, ela afirmou que “o desafio da catraca segue aberto”.

 Abertura não autorizada

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 Às 11h, de acordo com os metroviários, todos estavam a postos para operar com catracas liberadas. Mas a empresa não autorizou a abertura das estações. Às 17h15, o Metrô informou que, por meio de seu plano de contingência, conseguiu reabrir parcialmente, apenas até as 20h, as linhas 1-Azul (das estações Ana Rosa à Luz), 2-Verde (do Alto do Ipiranga à estação Clínicas) e 3- Vermelha (da Santa Cecília até a Bresser-Mooca). A Linha 15-Prata (entre Cidade Tiradentes e Vila Prudente) permanecia fechada.

 Enquanto isso, ainda pela manhã, a companhia voltava ao Judiciário, e desta vez obteve a liminar que havia sido negada na véspera. Assim, o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) determinou manutenção de 80% dos serviços nos horários de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h) e 60% nos demais horários, sob pena de multa. O desembargador Ricardo Apostólico afirmou que a liberação poderia provocar “colapso” no sistema.

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 Entendimento diferente da véspera, quando a juíza Elaine Aparecida da Silva Pedroso, havia considerado a alternativa viável à greve no Metrô. Segundo ela, ao negar liminar, o método (das catracas) “não diminui a oferta dos serviços de transporte à comunidade, afastando-a de prejuízo danoso”.

 A mobilização desta semana ainda não se refere à campanha salarial da categoria, que tem data-base em 1º de maio. A pauta de reivindicações ja foi aprovada, mas as negociações não começaram.

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