TJ derruba obrigação do uso de câmeras pela PM em São Paulo

O desembargador Ricardo Anafe citou aumento de custo para colocar a medida em prática. A Operação Escudo resultou na morte de 28 pessoas na Baixada Santista (SP)

Soldado Patrick Bastos Reis foi morto no Guarujá, no litoral de SP
Soldado Patrick Bastos Reis foi morto no Guarujá, no litoral de SP (Foto: Reprodução SSP-SP)


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247 - O presidente do Tribunal de Justiça do estado de São Paulo (TJ-SP), desembargador Ricardo Anafe, derrubou uma decisão liminar favorável ao uso de câmeras corporais de policiais militares em todas as operações que tenham como finalidade responder a ataques contra PMs. A decisão atendeu um pedido feito por representantes do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos). >>> Lula diz pela primeira vez que não vai seguir critério de gênero para escolher quem vai para a vaga de Rosa Weber no STF

De acordo com informações publicadas nesta segunda-feira (25) pelo jornal Folha de S.Paulo, o desembargador entendeu que o uso obrigatório de câmeras durante as operações teria aumento de custo, o que iria interferir diretamente no planejamento, no orçamento e na definição de política pública pelo governo estadual. 

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"Caso mantida a decisão, por serem as operações 'Escudo' muitas vezes realizadas em regime de urgência, sem tempo necessário para o deslocamento de forças policiais ou câmeras para áreas distantes, as regiões do Estado que hoje não contam com Unidades da Polícia Militar que possuam COPs [câmeras operacionais portáteis], ficariam sem poder receber o apoio de operações", escreveu. >>> Fujão: Heleno pede ao STF para não depor à CPMI dos Atos Golpistas

A Operação Escudo começou em julho após a morte do PM Patrick Reis, o que resultou na morte de 28 pessoas na Baixada Santista, vítimas de disparos de policiais. A ação que pedia o uso obrigatório de câmeras pela PM, protocolada pela Defensoria Pública estadual e pela ONG Conectas Direitos Humanos, citava  indícios de que policiais cometeram excessos durante as ações, como denúncias por familiares e moradores de que vítimas foram executadas ou torturadas.

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