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      TJ-RJ adia decisão de afastamento de delegado em caso de estupro

      A juíza Ângela Costa, do TJ-RJ, adiou uma decisão sobre o pedido das advogadas da menor de 16 anos, vítima de um estupro coletivo, para que a investigação fosse desmembrada e o delegado Alessandro Thiers, da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), cuidasse apenas dos delitos que envolvem a divulgação de vídeos e fotos nas redes sociais; a defesa da menor quer que a investigação seja feita pela Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente Vítima (Dcav); a magistrada alegou não ter condições de julgar o caso, pois teve apenas o termo da declaração das defensoras

      A juíza Ângela Costa, do TJ-RJ, adiou uma decisão sobre o pedido das advogadas da menor de 16 anos, vítima de um estupro coletivo, para que a investigação fosse desmembrada e o delegado Alessandro Thiers, da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), cuidasse apenas dos delitos que envolvem a divulgação de vídeos e fotos nas redes sociais; a defesa da menor quer que a investigação seja feita pela Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente Vítima (Dcav); a magistrada alegou não ter condições de julgar o caso, pois teve apenas o termo da declaração das defensoras (Foto: Leonardo Lucena)
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      Rio 247 - A juíza Ângela Costa, do plantão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), adiou neste domingo (29) uma decisão sobre o pedido das advogadas da menor de 16 anos, vítima de um estupro coletivo, para que a investigação fosse desmembrada e o delegado Alessandro Thiers, da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), cuidasse apenas dos delitos que envolvem a divulgação de vídeos e fotos nas redes sociais. Com isso o processo será remetido nesta segunda-feira (30) para uma vara criminal.

      A magistrada alegou não ter condições de julgar o caso, pois teve apenas o termo da declaração das advogadas. A juíza não teve acesso ao inquérito e não poderia dar qualquer decisão baseada apenas no documento apresentado pelas advogadas. 

      A defesa da menor quer que o crime de estupro fique sob responsabilidade da Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente Vítima (Dcav). As advogadas da jovem acusaram o delegado de criminalizar a vítima e de fazer perguntas inadequadas como, por exemplo, se ela já tinha feito sexo grupal.

      No Facebook, Eloisa Samy, uma das advogadas da adolescente, chegou a dizer que Thiers saiu da investigação sobre o estupro coletivo e que o inquérito foi desmembrado.

      "Vitória das mulheres!!!! O Delegado Alessandro Thiers da DRCI não é mais o encarregado pela investigação do estupro coletivo! A medida foi determinada pela juíza do plantão noturno do Tribunal de Justiça, a qual determinou o desmembramento do inquérito para que as investigações sejam, daqui por diante, conduzidas pela Delegacia da Criança Vítima - DCAV", comemorou.

      Sindicato repudia a advogada

      Em nota, o Sindicato de Delegados de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (Sindepol-RJ), com o apoio do Sindicato de Delegados Federais do Rio de Janeiro (SINDPF-RJ), repudiou “as declarações impertinentes e oportunistas da advogada Eloísa Samy, assim como qualquer tipo de ingerência nas investigações do caso”.

      O Sindepol-RJ afirmou que as delegacias especializadas se notabilizaram por ser uma “verdadeira trincheira cidadã”, na luta contra qualquer tipo de violência. Em especial a crianças, adolescentes e mulheres. A entidade disse, ainda, que em casos de repercussão e apelo popular é ainda mais importante que a autoridade se mostre imparcial, técnica e com autonomia para presidir as investigações da forma que considerar mais adequada na apuração dos fatos.

       

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