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Sudeste

Trabalhadores denunciam movimento destrutivo e alertam para riscos iminentes da incorporação de Furnas pela Eletrobrás

“Ameaça à história estratégica do setor elétrico. Furnas é nossa história, nossa essência", diz o grupo

(Foto: Sintergia-RJ)
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247 - O embate entre os trabalhadores de Furnas e a direção da Eletrobrás atingiu um novo ápice com o anúncio da assembleia, marcada para o dia 29 de dezembro, que deliberará sobre a incorporação de Furnas. Sob o mote "Furnas é nossa história, nossa essência", a categoria intensificou sua resistência, denunciando os riscos inerentes à dissolução da maior empresa do grupo.

Os trabalhadores ressaltam a magnitude de Furnas no panorama energético nacional, com sua presença em 15 estados e no Distrito Federal, abrigando 22 usinas hidrelétricas, uma potência instalada de 17.8 GW, duas usinas termelétricas, um complexo eólico e uma infraestrutura de transmissão que muitos países não possuem em complexidade.

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O alerta dos trabalhadores concentra-se nos perigos que essa manobra traz. A reestruturação da Eletrobrás, segundo a categoria, carece de fundamentação técnica, evidenciando desconsideração pelo negócio de energia e colocando em risco a continuidade dos serviços prestados. As intervenções já realizadas em Furnas após a privatização resultaram em precarização e apontam para um cenário de apagões e falhas na operação.

Documento de circulação interna entre a categoria, o Interfurnas, destaca que o processo de demissões, que atingiu um terço dos profissionais experientes, acarreta na perda de conhecimento e fragiliza a manutenção do sistema, aumentando a vulnerabilidade a contingências. O foco na redução de equipes de manutenção representa um risco adicional em situações de emergência, como apagões recorrentes, retardando a normalização do fornecimento de energia.

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Leia o conteúdo na íntegra:

FURNAS INTENSIFICA LUTA CONTRA O FIM DE UMA GRANDE HISTÓRIA!

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É preciso estar atento e forte! A direção nefasta da Eletrobras anunciou aos seus acionistas que no fim deste mês (29/12) fará uma assembleia para deliberar sobre a incorporação de Furnas. Na prática, este movimento destrói a maior empresa do grupo, seu nome, sua marca, sua história que nasceu em Minas Gerais, mas hoje se propaga em 15 estados da federação e no Distrito Federal. Nós de Furnas vamos resistir!

Furnas é uma gigante do setor elétrico, com 22 usinas hidrelétricas, potência instalada de 17.8 GW, 2 usinas termelétricas (375 MW), 1 complexo eólico, composto (123 MW), ou seja, 18.3 GW de capacidade instalada de geração, além de 75 subestações, com capacidade de transformação de 126.176 MVA e 34.786,88 Km de linhas de transmissão. Muitos países do mundo não tem a complexidade das instalações do Sistema Furnas.

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É preciso alertar a sociedade brasileira dos riscos inerentes a este movimento irresponsável da direção sanguessuga da Eletrobras. É alarmante o próprio risco de descontinuidade do negócio considerando que todos os processos de reestruturação executados pela Eletrobras até aqui foram atabalhoados e críticos. Pela forma que eles vêm tocando a reestruturação da empresa sem as devidas anuências da ANEEL, constata-se que essa gente podem entender de mercado, mas não sabem nada do negócio de energia. Juvenis!

O processo em curso é de aniquilamento da engenharia de retaguarda para o suporte seguro da operação e manutenção do sistema com riscos para a continuidade da prestação dos serviços. As intervenções da Eletrobras em Furnas após a privatização já tem estremecido a execução de atividades básicas. A Eletrobras não investe na modernização de equipamentos e demite os profissionais mais experientes e isso já está resultando em apagões em série e explosões de equipamentos. A junção dos Centros de operação Minas e Goiás e a iminente absorção do centro de São Paulo pelo Rio são pontos severos de atenção.

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A Eletrobras já executou/programou 4 mil demissões no grupo em pouco mais de um ano. Ou seja, 1/3 dos trabalhadores mais experientes, sem que houvesse tempo para a transmissão de conhecimento e retenção de capital intelectual. A incorporação de Furnas visa reduzir ainda mais o número de equipes de manutenção, o que tende a fragilizar o sistema especialmente quando se trata de ocorrências/sinistros ou contingências que ocorram simultaneamente. Como nos apagões recentes e recorrentes, isso vai retardar o restabelecimento da rede de energia elétrica.

Os olhos da incorporação também se voltam para o nosso fundo de pensão. A Fundação Real Grandeza tem um patrimônio de R$ 20 bilhões acumulados em 5 décadas para pagar aposentadoria e pensão daqueles que ergueram a nossa Furnas. Os projetos da Eletrobras vão desde a retirada de patrocínio, passando pela interferência direta nos investimentos da companhia e culminando nos interesses de compor uma nova estrutura de previdência complementar sem a paridade atual, regida pela LC 109. Um golpe no estômago dos nossos aposentados e pensionistas!

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Há um grave risco de descontinuidade dos Laboratórios de Furnas em Aparecida de Goiânia e a extinção de Pesquisas e nas diversas áreas da Engenharia. As regiões também perdem. Já que são altos os riscos do fim de parcerias e do descumprimento de compromissos firmados com diversos municípios de MG para a manutenção das embarcações (balsas) no lago de Furnas, que hoje atendem às necessidades da população e do desenvolvimento da economia regional.

São inúmeros riscos aos de Furnas e à sociedade brasileira. O ato organizado hoje na porta da empresa vem denunciar todos estes absurdos e anunciar um calendário de lutas durante todo o mês de dezembro com novos atos, além de uma audiência pública em Brasília, da manifestação de diversos parlamentares e outros atores sociais contra este absurdo em curso.

Estamos preparando também uma intensa batalha judicial para que se bloqueie este ato irresponsável. A direção da Eletrobras age rápido como se rouba, pois sabe que está com os dias contados, sabem que a chapa indicada para o Conselho de Administração sem a participação da União é ilegítima e que o teto de ações do governo na Assembleia está com os dias contados. Não vamos recuar! É preciso unidade e amor à nossa história! É luta por Furnas e pelo Brasil!

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