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Sudeste

Tragédia em Petrópolis: número de mortos passa de 100; há mais de 135 desaparecidos

Ao menos 13 crianças estão entre as vítimas. Segundo a Polícia Civil, há 134 desaparecidos. Previsão de mais chuva na cidade da Região Serrana do Rio preocupa

Ônibus destruídos após temporal em Petrópolis 16/02/2022 (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes)
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Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO. (Reuters) - O número de pessoas que morreram por causa das fortes chuvas que atingiram Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, na terça-feira chegou a 117, informou o Corpo de Bombeiros do Estado na manhã desta quinta-feira, e este número pode aumentar nas próximas horas, pois, embora o número de desaparecidos seja desconhecido, ainda há muitas pessoas procurando parentes e amigos em vários pontos da cidade.

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Segundo as autoridades, ao menos 13 crianças estão entre as vítimas e os primeiros corpos já identificados começam a ser liberados nesta quinta para velório e sepultamento.

Um caminhão frigorífico está sendo usado pelo Instituto Médico Legal (IML) para armazenar a grande quantidade de corpos resgatados.

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Um cadastro preliminar feito pelo Ministério Público aponta para ao menos 35 pessoas sendo procuradas, sendo que informações extra-oficiais falam na possibilidade de até 400 desaparecidos.

O temporal que se abateu sobre a cidade provocou alagamentos, deslizamentos de terra e deixou um rastro de devastação na cidade, com casas destruídas e ruas cobertas de lama após as águas das chuvas baixarem.

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As equipes de resgate do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil e da prefeitura trabalham intensamente na busca por sobreviventes. Mais de 500 integrantes das equipes de resgate trabalham nas operações de busca e salvamento na região.

Ao menos 421 pessoas, desabrigadas ou desalojadas, foram acolhidas nos pontos de atendimento montados na cidade.

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"Trabalhar à noite, com pouca iluminação, com solo encharcado, é sempre um desafio. Minha determinação é trabalhar incansavelmente em busca de vidas", disse o secretário da Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro, Leandro Monteiro.

A lama e os escombros de casas ainda são marcas da cidade castigada pela chuva mais intensa desde 1932. A prefeitura precisou retirar das ruas e rebocar mais de 100 veículos arrastados pela água da chuva para desbloquear vias. A circulação dos transportes públicos foi parcialmente retomada nesta quinta. Ainda há muitos veículos abandonados e destruídos em diversos pontos da cidade.

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A tragédia em Petrópolis gerou mobilização dos governos municipal, federal e estadual e o presidente Jair Bolsonaro prometeu ajuda à região e disse que visitará as áreas afetadas na sexta-feira, ao retornar de uma viagem internacional à Rússia e à Hungria.

Um grupo de deputados promete ir a Petrópolis nesta quinta e se mobilizar na aprovação de emendas direcionadas a recuperação da cidade da região serrana do Rio.

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O governo estadual e a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro anunciaram a prorrogação do calendário de pagamento de impostos para moradores da cidade.

"Todos os nossos esforços estão sendo empregados para socorrer Petrópolis e levar mais assistência aos seus moradores e comerciantes", disse o governador Cláudio Castro (PL).

O sol voltou a aparecer na cidade na manhã desta quinta, mas há previsão de mais chuvas para as próximas horas. A energia elétrica ainda não havia sido completamente restabelecida na cidade.

"Temos olhado com preocupação esses acumulados de precipitação que vêm desde outubro do ano passado aqui no Brasil em diversas regiões. Esse cenário mostra que a gente vive um cenário de emergência climática. As pautas climática e ambiental precisam ser inseridas com muita eficiência", disse Rodrigo Jesus, porta-voz de Clima e Justiça do Greenpeace Brasil.

Desde o final do ano passado, Estados brasileiros sofreram com desastres causados pelas chuvas, que provocaram devastação e morte na Bahia, Minas Gerais e São Paulo.

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