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Sudeste

UPP proíbe festa de Natal em comunidade no Rio

A tradicional festa de Natal em uma das comunidades mais pobres do Rio, a favela Mandela 2, na zona norte, este ano poderá não acontecer; o motivo, segundo o presidente da associação de moradores, Francisco de Assis, é a proibição por parte da comandante da UPP local, major Paula Andressa das Chagas Frugoni, de que haveria necessidade de pedir autorizações ao Corpo de Bombeiros e também a 21ª Delegacia de Polícia  

A tradicional festa de Natal em uma das comunidades mais pobres do Rio, a favela Mandela 2, na zona norte, este ano poderá não acontecer; o motivo, segundo o presidente da associação de moradores, Francisco de Assis, é a proibição por parte da comandante da UPP local, major Paula Andressa das Chagas Frugoni, de que haveria necessidade de pedir autorizações ao Corpo de Bombeiros e também a 21ª Delegacia de Polícia   (Foto: Leonardo Lucena)
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Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil

A tradicional festa de Natal em uma das comunidades mais pobres do Rio, a favela Mandela 2, na zona norte, este ano poderá não acontecer. O motivo, segundo o presidente da associação de moradores, Francisco de Assis, é a proibição por parte da comandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) local, major Paula Andressa das Chagas Frugoni, de que haveria necessidade de pedir autorizações ao Corpo de Bombeiros e também a 21ª Delegacia de Polícia.

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Francisco argumentou que a UPP foi comunicada da festa há 15 dias e somente na quinta-feira  (22) se posicionou sobre o pedido tornando praticamente impossível conseguir as demais autorizações, porque as repartições estavam em ritmo de recesso natalino. Ele lamentou a proibição da festa, que é feita ao ar livre com a participação de centenas de pessoas, instalação de pula-pula, distribuição de brinquedos e refrigerantes para as crianças.

“A major não liberou, e a maioria das comunidades vai ter eventos, só nós é que não. Fica chato. Ela alegou que tem de seguir um decreto, pedir autorização da 21ª DP, da prefeitura, do batalhão e dos bombeiros. Só que ela falou com a gente na quinta-feira (22), quando nós fomos lá falar do projeto. Como é que a gente vai fazer isso na quinta-feira, sabendo que a maioria dos órgãos está com os expedientes praticamente encerrados, devido ao Natal?”, questionou Francisco.

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O presidente da Mandela 2, disse que na comunidade do Arará, também subordinada à mesma UPP, a festa natalina foi igualmente proibida, o que está gerando revolta nos moradores e nos demais líderes comunitários da região.

“Todos anos a gente faz a festa. É na rua, como se fosse um baile, a gente comemora. Os moradores vêm para cá, com os seus parentes. Aí como é que faz? Neste ano a nossa comunidade ficou tranquila, justamente por não ter problemas, sem tiroteios, nem tumultos. Ficamos certinhos para ter o evento. Não tinha necessidade de fazer isso. Nós estamos indignados”, desabafou Francisco, que é muito conhecido na região, fazendo o papel de Papai Noel nas creches da comunidade, durante o período de Natal.

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Para o presidente da associação, está faltando um pouco de sensibilidade da major ao deixar centenas de pessoas sem a tradicional festa de Natal da comunidade: “Eu falei a ela que era preciso um pouco de bom senso, até porque nós trabalhamos juntos pela comunidade”.

A assessoria de imprensa das UPPs foi procurada e se posicionou em nota sobre a proibição da festa: “As normas para a realização de eventos em espaços públicos estão estipuladas na resolução da Secretaria de Segurança que regulamenta o tema (Resolução nº 013 da Seseg e Resolução conjunta Seseg/Sedec nº 134) e, segundo a comandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Arará/Mandela, o evento não atendeu algumas exigências”.

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