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Sudeste

Vale sabia que, no caso de rompimento em Brumadinho, tempo para evacuação era limitado

A Vale tinha conhecimento de que uma eventual ruptura da Barragem de Brumadinho (MG) só daria até um minuto para evacuar instalações administrativas e o refeitório da Mina Córrego do Feijão, informou a Agência Brasil

Mariana (MG) - Rompimento de duas barragens da mineradora Samarco na última quinta-feira (5). Em meio ao cenário de muita lama, barro e destruição, o que restou lembra uma cidade fantasma (Antonio Cruz/Agência Brasil) (Foto: Antonio Cruz/ ABR)
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Sputnik Brasil - A Vale tinha conhecimento de que uma eventual ruptura da Barragem de Brumadinho (MG) só daria até um minuto para evacuar instalações administrativas e o refeitório da Mina Córrego do Feijão, informou a Agência Brasil.

A declaração foi feita por Sérgio Pinheiro Freitas, funcionário da Walm Engenharia Tecnologia Ambiental, que prestou serviços para a mineradora. Ele foi ouvido nesta quinta-feira na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

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​A Walm Engenharia elaborou o Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM). Entre outras informações, o documento mostra qual seria a mancha de inundação no caso de um rompimento e qual seria a velocidade de deslocamento dos rejeitos.

Apesar do plano não avaliar o risco de rompimento e nem estabilidade da barragem, prevê o que ocorreria após uma ruptura. O plano também aponta rotas de fuga e diretrizes de atuação para mitigação de danos. No caso da estrutura de Brumadinho, a Vale sabia, a partir desse documento, que o refeitório e outras instalações usadas por trabalhadores estavam em um local que seria rapidamente atingido em uma eventual tragédia.

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Mais de 200 pessoas morreram na tragédia de Brumadinho, que completou cinco meses nesta semana. A ruptura ocorreu em horário de almoço, às 12h28 do dia 25 de janeiro. Corpos foram encontrados soterrados no local onde funcionava o refeitório. As sirenes não funcionaram e sequer houve alerta sonoro para que as pessoas pudessem tentar se salvar.

​De acordo com Sérgio Pinheiro Freitas, a partir dos cálculos apresentados no PAEBM, a mineradora se torna responsável por realizar os simulados e por avaliar se o tempo estimado é plausível para efetuar a evacuação. Também cabe a ela adotar as providências que fossem consideradas importantes.

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"Um minuto é um tempo extremamente curto. Mas eu não tenho informação do resultado dos simulados para saber se esse tempo seria suficiente ou não", disse o funcionário da Walm Engenharia, citado pela Agência Brasil.

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