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Vice-presidente do TRE-MG relata em grampo interferência para livrar deputado de cassação

Em ligação de 2015, o desembargador Alexandre Victor de Carvalho, atual vice-presidente do TRE-MG, diz que agiu na corte eleitoral para evitar a cassação do mandato do deputado federal Luís Tibé, acusado de usar a máquina pública para fazer propaganda eleitoral irregular

Desembargador Alexandre Victor de Carvalho (Foto: Cláudia Ramos / CCS/TRE-MG)
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247 - Em ligação interceptada pela Polícia Federal, o desembargador Alexandre Victor de Carvalho, atual vice-presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), afirma que interferiu na corte eleitoral para evitar a cassação do mandato de um deputado federal acusado de usar a máquina pública para fazer propaganda eleitoral irregular. 

Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, na ligação, de 16 de setembro de 2015, Carvalho conta a um advogado que recebeu um telefonema do então vice-presidente da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Mateus de Moura Lima Gomes, pedindo ajuda em processo para o atual líder na Câmara e presidente nacional do Avante, Luís Tibé (MG).

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"Ontem consegui um negócio, para você eu posso contar. O Tibé ia ser cassado. Ia ser cassado, e Mateus me ligou da Cemig", contou o desembargador, no telefonema grampeado.

Ele relatou que, na sequência, intercedeu perante o então presidente do TRE, desembargador Paulo Cézar Dias, que deu voto favorável e decisivo ao congressista no julgamento do caso. "Fui no Paulo com esse trem todo, e o Tibé não foi cassado", afirmou, acrescentando: "O Paulo deu o voto de minerva. O Paulo falou assim: 'Dei o voto por você e para você'", prosseguiu.

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Na ocasião, Tibé e uma candidata ao cargo de deputado estadual eram acusados pelo Ministério Público de se aliar a uma supervisora de escola pública, a qual teria ordenado a professores que inserissem gibis com propaganda eleitoral nas agendas de crianças da instituição, em Frutal (MG).

À Folha, Alexandre Victor de Carvalho sustentou que, de sua parte, "nunca houve qualquer tipo de atuação ou interferência" em favor "do deputado Luís Tibé".

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"Os diálogos novamente vazados de forma criminosa foram fortuitamente captados há quase cinco anos e já foram avaliados pelo Conselho Nacional de Justiça, que deu pela inexistência de ilícito disciplinar, e pela Procuradoria-Geral da República, que também não identificou a prática de qualquer crime", disse o magistrado.

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