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Sul

Acusaram o PT e... ganharam a liberdade

Os executivos Dalton Avancini e Eduardo Leite, da Camargo Correa, estão deixando a carceragem da Polícia Federal; o motivo: ambos fizeram delação premiada e confirmaram a tese de que as delações da empreiteira ao PT são "propina"; acusação foi dirigida ao tesoureiro do PT, João Vaccari, e ao ex-diretor da Petrobras, Renato Duque; só há um detalhe intrigante: em 2010, a Camargo doou mais ao PSDB (R$ 5,4 milhões) do que ao PT (R$ 4,5 milhões); com a homologação da delação premiada, os executivos da Camargo ganham do juiz Sergio Moro, do Paraná, a tão sonhada liberdade

Os executivos Dalton Avancini e Eduardo Leite, da Camargo Correa, estão deixando a carceragem da Polícia Federal; o motivo: ambos fizeram delação premiada e confirmaram a tese de que as delações da empreiteira ao PT são "propina"; acusação foi dirigida ao tesoureiro do PT, João Vaccari, e ao ex-diretor da Petrobras, Renato Duque; só há um detalhe intrigante: em 2010, a Camargo doou mais ao PSDB (R$ 5,4 milhões) do que ao PT (R$ 4,5 milhões); com a homologação da delação premiada, os executivos da Camargo ganham do juiz Sergio Moro, do Paraná, a tão sonhada liberdade (Foto: Leonardo Attuch)
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Paraná 247 - Dois dos presos da Operação Lava Jato estão deixando a carceragem da Polícia Federal, em Curitiba. São eles Dalton Avancini e Eduardo Leite, da Camargo Correa. O motivo: os dois tiveram seus acordos de delação premiada homologados pela Justiça.

Nas delações, ambos confirmaram a tese que a força-tarefa da Operação Lava Jato pretende confirmar: a de que as doações legais de campanha ao PT, na realidade, são "propina" (saiba mais em "Após longa prisão, delator diz o que Moro quis ouvir").

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O acordo de delação foi homologado nesta terça e, como consequência, os dois executivos da Camargo estão sendo liberados pelo juiz Sergio Moro. Avancini pagará ainda um multa de R$ 5 milhões, enquanto Leite arcará com uma penalidade de R$ 2,5 milhões. Ambos ficaram mais de 120 dias presos, antes de aceitarem fazer a delação premiada, que teve como recompensa a liberdade.

Há, no entanto, uma incoerência. Em 2010, a Camargo Corrêa doou R$ 5,4 milhões ao PSDB – mais do que os R$ 4,5 milhões doados ao PT. No entanto, apenas as doações ao PT são consideradas propina, enquanto valores transferidos a outros partidos vêm sendo considerados doações legítimas, que talvez expressem preferências ideológicas da empreiteira ou o direito de uma empresa expressar sua cidadania.

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A esse respeito, vale ler a análise do jornalista Fernando Brito, editor do Tijolaço em "Doação ao PT é propina; ao PSDB, é amor". Levantamento das doações eleitorais junto ao TSE revela que os valores doados pelas empreiteiras aos três maiores partidos: PT, PSDB e PMDB se equivalem (saiba mais aqui).

Os dois executivos da Camargo também denunciaram supostas propinas na construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. A eles, nada foi questionado sobre obras realizadas pela empreiteira junto a prefeituras ou governos estaduais.

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Depois que a força-tarefa da Lava Jato transformou doações legais ao PT – e apenas ao PT – em "propina", o senador Aécio Neves (PSDB-MG) propôs um projeto que prevê a cassação do registro de partidos políticos que possam ser enquadrados nessa situação. O objetivo é colocar o PT na clandestinidade.

E nem é preciso desenhar.

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