Atuação discreta e sem projetos: os dois meses de Jair Renan como vereador em Balneário Camboriú

247 - Após pouco mais de dois meses no cargo de vereador em Balneário Camboriú (SC), Jair Renan Bolsonaro, conhecido como "04" por ser o quarto filho de Jair Bolsonaro (PL), apresenta um desempenho discreto e sem impacto significativo. A informação foi levantada pela coluna de Igor Gadelha no Metrópoles, que realizou um balanço sobre a produção parlamentar do vereador até o momento.

Desde a posse, Jair Renan não apresentou nenhum projeto de lei, uma expectativa básica para qualquer legislador. Sua atuação tem se limitado a pedidos de informação e indicações à Prefeitura de Balneário Camboriú. No total, ele protocolou cinco indicações, dois pedidos de informação e uma moção de congratulação a uma advogada pelo "Dia Internacional da Mulher".

Entre suas indicações, Jair Renan sugeriu a adoção de diretrizes educacionais para colégios cívico-militares, alinhadas a um decreto estadual sobre o tema. Também solicitou melhorias na infraestrutura da cidade, como reparos em ruas, elaboração de um plano de contingência para fortes chuvas e implementação de sinalização de trânsito. Embora essas sugestões sejam relevantes, não representam uma atuação efetiva no legislativo municipal, já que não envolvem a elaboração de normas ou projetos estruturantes.

Nos pedidos de informação, o vereador buscou detalhes sobre o orçamento das escolas municipais e sobre o policiamento da cidade. Questionar a gestão pública é parte da função parlamentar, mas até o momento Jair Renan não demonstrou intenção de transformar essas informações em propostas concretas.

Presença na Câmara e ausências - Jair Renan esteve presente em 10 das 12 sessões plenárias realizadas na Câmara Municipal de Balneário Camboriú até o momento. Ele justificou apenas uma de suas duas ausências. Uma das sessões que não compareceu ocorreu na Quarta-feira de Cinzas (5), quando estava em Angra dos Reis (RJ) passando o Carnaval com o pai. A ausência pode não ser irregular, mas reforça a percepção de um mandato sem compromisso firme com o parlamento.