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      Auditores arrecadavam verba em nome do Provopar

      Delegacias da Receita Estadual do Paraná receberam, no ano passado, metas de arrecadação de dinheiro a ser doado para compras de cobertores; os cobertores foram distribuídos em municípios do estado pelo Provopar e pela primeira-dama do estado, Fernanda Richa; os auditores faziam doações do próprio bolso e percorriam empresas do estado pedindo dinheiro; a relação entre Fernanda Richa e os auditores veio à tona após o Ministério Público receber uma denúncia anônima de que ela teria pedido arrecadações para a campanha eleitoral em troca de benefícios para a categoria

      Delegacias da Receita Estadual do Paraná receberam, no ano passado, metas de arrecadação de dinheiro a ser doado para compras de cobertores; os cobertores foram distribuídos em municípios do estado pelo Provopar e pela primeira-dama do estado, Fernanda Richa; os auditores faziam doações do próprio bolso e percorriam empresas do estado pedindo dinheiro; a relação entre Fernanda Richa e os auditores veio à tona após o Ministério Público receber uma denúncia anônima de que ela teria pedido arrecadações para a campanha eleitoral em troca de benefícios para a categoria (Foto: Leonardo Lucena)
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      Paraná 247 - As delegacias da Receita Estadual do Paraná receberam, no ano passado, metas de arrecadação de dinheiro a ser doado para compras de cobertores. Os cobertores foram distribuídos em municípios do estado pelo Provopar e pela primeira-dama do estado, Fernanda Richa.

      Os auditores faziam doações do próprio bolso e percorriam empresas do estado pedindo dinheiro. O sindicato da categoria pediu à Secretaria do Trabalho e do Desenvolvimento Social para pedir benefícios para os auditores, como o pagamento de bônus atrasados e a regulamentação da lei de promoções.

      A relação entre Fernanda Richa e os auditores veio à tona após o Ministério Público receber uma denúncia anônima deque ela teria pedido arrecadações para a campanha eleitoral em troca de benefícios para a categoria. Posteriormente, durante entrevista ao Portal UOL, o governador Beto Richa afirmou que sua esposa "nem sabe o que é um auditor". Fernanda nega as acusações.

      Conforme gravação obtida pelo MP, em uma reunião os auditores afirmam conversaram com Fernanda Richa e pediram que ela falasse com o então secretário da Fazenda, Luiz Eduardo Sebastiani, para que desse "apoio" aos pleitos da categoria. As informações são do jornal Gazeta do Povo.

      "Ela já de antemão se colocou à disposição para pedir ao Sebastiani que analise com carinho os nossos pleitos e inclusive vai falar pessoalmente com o Beto Richa em relação aos nossos atrasados", afirmou o vice-presidente do Sindafep, sindicato da categoria, Wanderci Polaquini.

      Auditores negam solicitações

      Três auditores ouvidos pela Gazeta confirmaram o teor das discussões, mas disseram que as doações não tinham relação com as progressões de carreira e nem eram solicitadas em empresas.

      Representante da delegacia da Receita de Pato Branco, Plínio Luiz Faeda afirmou que os auditores costumam fazer doações a cerca de seis instituições sociais, incluindo o Provopar. Ele confirmou que as contribuições saíam do bolso dos auditores.

      Se todos os cerca de 900 auditores do Paraná doassem para o Provopar, teriam que desembolsar R$ 2,2 mil para chegar aos R$ 2 milhões arrecadados em 2014. Questionado se a verba não era muito alta para os auditores destinarem do próprio bolso, Faeda desconversou. "Vamos continuar fazendo as contribuições. Nós vimos que muita gente carente foi beneficiada com isso. A nós não interessa a parte política", acrescentou.

      José Carlos Endlich, representante da regional de Maringá, disseue as doações para o Provopar acontecem desde 2011 e "são sempre muito bem sucedidas". Segundo ele, as empresas podem ter contribuído, mas diretamente para o Provopar. "Se aconteceu, foi contabilizado. Por meio nosso, não".

      Por sua vez, Genildo Tibes, representante de Guarapuava, afirmou que as contribuições são "voluntárias". E desconversou sobre uma possível ligação política das doações com o governo Richa.

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