CNJ irá investigar Gebran Neto, Malucelli e Loraci Flores, do TRF-4

Serão apuradas as condutas dos desembargadores em relação a um recurso apresentado pela Petrobrás contra uma decisão da 13.ª Vara Federal de Curitiba. Órgão também investiga Moro

Gebran Neto, Marcelo Malucelli e Loraci Flores, do TRF-4
Gebran Neto, Marcelo Malucelli e Loraci Flores, do TRF-4 (Foto: ABR | TRF4 | Divulgação )


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247 - O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) anunciou hoje que, além do ex-juiz suspeito Sergio Moro, também irá investigar os desembargadores Loraci Flores, João Pedro Gebran Neto e Marcelo Malucelli, todos vinculados ao Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4), conhecido por sua relevância nas apelações da Operação Lava Jato, informa a Agência Estado.

Além disso, os juízes Gabriela Hardt, que substituiu Moro, e Danilo Pereira Júnior também serão alvo das investigações. A decisão foi tomada de ofício pelo corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, com base no relatório da correição extraordinária realizada na Justiça Federal do Paraná.

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As reclamações disciplinares têm como foco as condutas dos desembargadores em relação a um recurso apresentado pela Petrobrás contra a decisão da 13.ª Vara Federal de Curitiba. Essa decisão previa a transferência de mais de R$ 43 milhões ao Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) e à Conta Única do Tesouro Nacional. O processo está pendente de julgamento há um período de um ano e cinco meses, passando pela relatoria dos três desembargadores sem que haja uma análise definitiva.

O corregedor Luis Felipe Salomão justificou a abertura das investigações afirmando que "há necessidade de se perquirir, na esfera administrativa, se a paralisação na condução do processo indicado, que possui relevante conexão com todo o sistema de destinação de valores e bens da operação denominada Lava Jato, pode revelar atuação a macular o previsto na Constituição Federal, na Loman e no regramento traçado por este Conselho, em referência aos magistrados vinculados."

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Essas investigações se somam à já anunciada apuração sobre o ex-juiz Sergio Moro e a juíza Gabriela Hardt, que estão sendo acusados de graves indícios de violações praticadas na Operação Lava Jato, entre os anos de 2015 e 2019. Um grupo específico na Polícia Federal está sendo criado para conduzir a investigação, em uma colaboração entre o CNJ e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. Caso Moro seja punido, ele passará à condição de ficha suja, tornando-se inelegível.

Outra investigação - Além das investigações já em curso envolvendo a Operação Lava Jato, o corregedor Nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, determinou a instauração de uma reclamação disciplinar adicional. Desta vez, de acordo com a colunista Mônica Begamo, os desembargadores federais Loraci Flores de Lima e Carlos Eduardo Thompson Flores Lens, juntamente com o juiz federal Danilo Pereira Júnior, estão sob escrutínio por supostamente descumprirem ordens emanadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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O caso em questão está diretamente relacionado com a decisão dos magistrados do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), Gebran Neto, Malucelli, Loraci Flores de Lima e outros, de determinar a suspeição do juiz Eduardo Appio, o qual atuava nos processos da Operação Lava Jato. Essa decisão gerou controvérsia e se tornou objeto de discussão perante o STF, que emitiu ordens específicas para o cumprimento da determinação.

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