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      Cooperativas do PR suspendem processamento de carnes por protestos de caminhoneiros

      Cooperativas agropecuárias do Paraná anunciaram que suspenderão os abates de suínos, aves e peixes em razão da falta de matérias-primas para suas unidades frigoríficas, uma vez que os protestos dos caminhoneiros contra a alta dos preços dos combustíveis avançam pelo terceiro dia consecutivo; a Aurora, terceira maior produtora de carnes de aves e suínos do Brasil, já havia suspendido as operações em Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul

      Frigorífico, abatedouro de aves, frangos (Foto: Paulo Emílio)
      Paulo Emílio avatar
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      Reuters - Cooperativas agropecuárias do Paraná anunciaram nesta quarta-feira que suspenderão os abates de suínos, aves e peixes em razão da falta de matérias-primas para suas unidades frigoríficas, uma vez que os protestos dos caminhoneiros avançam pelo terceiro dia consecutivo, prejudicando o transporte de produtos.

      De acordo com a Ocepar, que representa essas associações, ao menos quatro cooperativas já comunicaram que vão interromper as atividades: C. Vale, Frimesa Cooperativa Central, Lar e Copagril.

      O anúncio desta quarta-feira se segue ao da Aurora, terceira maior produtora de carnes de aves e suínos do Brasil, que na véspera informou a suspensão das operações em Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, com perda potencial de 50 milhões de reais.

      Com sede em Palotina, no oeste paranaense, a C.Vale deixará de processar carnes de frango e peixe —por dia, a cooperativa abate 530 mil frangos e 50 mil tilápias.

      "A medida foi tomada em função das dificuldades para armazenagem e transporte de carnes... A retomada das atividades ocorrerá assim que as rodovias forem liberadas. Para isso, a direção da C.Vale espera que governo federal e representantes dos caminhoneiros cheguem a um acordo o mais brevemente possível...", afirmou o presidente da C.Vale, Alfredo Lang, segundo nota da Ocepar.

      Uma reunião entre representantes do movimento grevista e do governo está prevista para esta quarta-feira.

      Já a Frimesa alertou que suspendeu o processamento de suínos nos frigoríficos de Medianeira e Marechal Cândido Rondon, enquanto a Copagril interromperá a partir de quinta-feira os trabalhos na unidade de Marechal Cândido Rondon.

      Por fim, a Lar, com sede em Medianeira, parou o abate de 615 mil aves e a industrialização de outras 80 toneladas de produtos.

      "A suspensão da operação de abate e industrialização tornou-se inevitável em razão dos efeitos do movimento grevista que impossibilita a passagem de caminhões com insumos necessários para abastecer as indústrias, aves vivas para o abate, expedição dos estoques para atender clientes e mercados a nível regional e nacional...", afirmou o presidente da cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues, segundo a Ocepar.

      Por José Roberto Gomes

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