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      Coronel alertou 'abuso' antes de massacre no Paraná

      No dia anterior à ação da PM que deixou quase 200 feridos num protesto dos professores contra o governo Beto Richa (PSDB), coronel Chehade Elias Geha contestou o plano para conter manifestantes na Assembleia Legislativa e foi destituído do caso; "Nossa missão é garantir que a Assembleia não seja invadida e, caso ocorra, reintegrar a mesma. Outras providências caracterizam abuso de autoridade", escreveu ele em mensagem de texto ao então subcomandante-geral da PM; para a Promotoria, a "abrupta e temerária" mudança no comando mostra que as autoridades estavam dispostas "a utilizar seu poderio militar para impedir qualquer manifestação democrática"

      No dia anterior à ação da PM que deixou quase 200 feridos num protesto dos professores contra o governo Beto Richa (PSDB), coronel Chehade Elias Geha contestou o plano para conter manifestantes na Assembleia Legislativa e foi destituído do caso; "Nossa missão é garantir que a Assembleia não seja invadida e, caso ocorra, reintegrar a mesma. Outras providências caracterizam abuso de autoridade", escreveu ele em mensagem de texto ao então subcomandante-geral da PM; para a Promotoria, a "abrupta e temerária" mudança no comando mostra que as autoridades estavam dispostas "a utilizar seu poderio militar para impedir qualquer manifestação democrática" (Foto: Roberta Namour)
      Roberta Namour avatar
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      247 - O coronel da Polícia Militar do Paraná Chehade Elias Geha alertou seus superiores sobre o "flagrante abuso de autoridade" da ação que deixou quase 200 feridos num protesto contra o governo Beto Richa (PSDB). Ele acabou afastado um dia antes do confronto, em abril.

      Em depoimento no Ministério Público do Estado, ele disse que se opôs ao plano para conter a manifestação de professores na Assembleia Legislativa.

      Em mensagem de texto ao então subcomandante-geral da PM, Geha disse que impedir o acesso aos arredores do prédio criaria "um grave problema"

      "Não vejo como impedir o acesso de pessoas, caminhão de som, montagem de barracas. Nossa missão é garantir que a Assembleia não seja invadida e, caso ocorra, reintegrar a mesma. Outras providências caracterizam abuso de autoridade", escreveu ele.

      O alerta teria sido feito também ao então secretário de Segurança, Fernando Francischini. Na sequência, ele foi destituído do comando da ação.

      No dia 29 de abril, os docentes que participavam de manifestação que reuniu mais de 20 mil servidores estaduais em Curitiba, na praça em frente à Assembleia Legislativa do estado, foram reprimidos com violência pelas forças policiais do governo estadual.

      Para a Promotoria, a "abrupta e temerária" mudança no comando mostra que as autoridades estavam dispostas "a utilizar seu poderio militar para impedir qualquer manifestação democrática".

      Leia aqui reportagem de Estelita Hass sobre o assunto.

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