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      Crescem críticas no meio jurídico contra Moro

      O advogado Alexandre Lopes, defensor do ex-diretor da Petrobras Renato Duque, que chegou a ser solto por ordem do STF, mas depois voltou à cadeia, disse que "os tribunais estão amedrontados pelo clamor das ruas"; "A pressão é tão grande que os ministros acabam violentando suas convicções pessoais. Para o juiz Sergio Moro, vigora o princípio contrário: o de presunção de culpa", disse; em parecer para um réu, o ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça Gilson Dipp defendeu que o acordo de delação do doleiro Alberto Youssef é ilegal; ele apontou omissão ao descumprimento de um pacto anterior, de 2003, e citou falta credibilidade do doleiro, que já mentiu à Justiça

      RIO DE JANEIRO, 04.12.2014: CORRUPÇÃO/JUSTIÇA - O juiz federal de Curitiba Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, participa do Seminário Nacional sobre Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro, no Rio de Janeiro. (Foto: Ricardo Borges/Folhap (Foto: Valter Lima)
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      247 - A forma como o juiz Sergio Moro vem conduzindo a operação Lava Jato tem sido alvo, cada vez mais constante, de críticas no meio jurídico. Critérios e métodos da procuradoria, da Polícia Federal e de tribunais que julgam envolvidos com foro privilegiado também são censurados. 

      O advogado Alexandre Lopes, defensor do ex-diretor da Petrobras Renato Duque, que chegou a ser solto por ordem do Supremo Tribunal Federal, mas depois voltou à cadeia, disse que "os tribunais estão amedrontados pelo clamor das ruas". "A pressão é tão grande que os ministros acabam violentando suas convicções pessoais", disse ele à Folha. "Para o juiz Sergio Moro, vigora o princípio contrário: o de presunção de culpa", disse.

      Haveria também uma supervalorização de delações premiadas, dizem alguns. "Delações são provas precárias e inconfiáveis", disse Nelio Machado, defensor do lobista Fernando Soares. "O delator tem outros interesses do que dizer a verdade", complementou.

      Em maio, quando retirou seu apoio a um evento que teria Moro entre os palestrantes, o advogado Arnaldo Malheiros justificou assim a sua decisão: "Não vou pagar para dar palco a quem viola constantemente o direito de defesa e falará sobre colaborações que sabemos bem como se dão", afirmou. Era uma referência à constante acusação de que prisões são usadas como pressão para obter delações.

      Em parecer para um réu, o ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça Gilson Dipp defendeu que o acordo de delação do doleiro Alberto Youssef é ilegal. Apontou omissão ao descumprimento de um pacto anterior, de 2003, e citou falta credibilidade do doleiro, que já mentiu à Justiça.

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