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Sul

Divergências sobre tempo de prisão travam delação de Marcelo Odebrecht

Empresário Marcelo Bahia Odebrecht está irritado por não conseguir até o momento fechar o acordo de delação nos moldes como planejou; entre os pontos de entrave está o tempo de prisão proposto no acordo, a responsabilidade do empresário nos crimes do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, e ações de contrainteligência adotadas pela empreiteira desde o início da Lava Jato, em 2014; empresas do Grupo Odebrecht têm com a Petrobras R$ 35,59 bilhões em contratos sob investigação

Empresário Marcelo Bahia Odebrecht está irritado por não conseguir até o momento fechar o acordo de delação nos moldes como planejou; entre os pontos de entrave está o tempo de prisão proposto no acordo, a responsabilidade do empresário nos crimes do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, e ações de contrainteligência adotadas pela empreiteira desde o início da Lava Jato, em 2014; empresas do Grupo Odebrecht têm com a Petrobras R$ 35,59 bilhões em contratos sob investigação (Foto: Aquiles Lins)
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Paraná 247 - O empresário Marcelo Bahia Odebrecht está irritado por não conseguir até o momento fechar o acordo de delação nos moldes como planejou.

Segundo reportagem do jornalista Fausto Macedo, três pontos travam o acerto para uma colaboração premiada com a Lava Jato. O primeiro deles é o tempo de prisão. Marcelo defende que, em troca de revelar o que sabe, quer ficar 2 anos e meio preso, descontado o 1 ano e quatro meses já cumpridos. A proposta foi rejeitada pelos procuradores da força-tarefa da Lava Jato, que defendem pelo menos mais dois anos e meio em regime fechado.

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O segundo ponto delicado na negociação se refere à responsabilidade do empreiteiro nos crimes praticados pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht – chamado por investigadores de “departamento do propina”. Os procuradores afirmam terem provas da participação direta de Marcelo, e sua responsabilidade sobre pagamentos de corrupção e caixa 2 efetuados e pela lavagem de dinheiro realizada. Já a defesa do empresário alega que o departamento funcionava mesmo sem a intervenção do presidente do grupo.

O terceiro impasse no acordo entre Marcelo Odebrecht e a Lava Jato trata das possíveis ações de contrainteligência adotadas pela empreiteira desde o início da Lava Jato, em 2014. A força-tarefa quer ouvir de Marcelo detalhes das ações de obstrução e embaraço às investigações e as ofensivas extrajurídicas de ataques a investigadores como a suposta compra informações de conversas de delegados da Lava Jato em redes sociais e dossiês – que tiveram ainda o juiz Sérgio Moro como alvo. O empreiteiro nega sua participação.

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Comparada a uma metralhadora calibre .100 (munição de guerra usada para derrubar aviões) pelo ex-presidente José Sarney (PMDB) – em conversa gravada pelo delator Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro ligado ao PMDB -, a delação da Odebrecht é proporcional ao tamanho dos negócios que o grupo tem com o governo.

As empresas do Grupo Odebrecht têm com a Petrobrás R$ 35,59 bilhões em contratos sob investigação da Lava Jato. A estimativa pericial da Polícia Federal é de que só na Petrobrás ela tenha gerado propinas que somam R$ 1 bilhão e um prejuízo somado de R$ 7 bilhões, em dez anos. Cifras que não incluem os negócios bilionários da petroquímica Braskem – sociedade entre Odebrecht e Petrobrás – que virou líder de mercado na América Latina sob a gestão Marcelo Odebrecht.

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Marcelo Odebrecht já foi condenado a 19 anos de cadeia e ainda é investigado em outros processos do escândalo Petrobras, o que pode fazer com sua pena ultrapassae os 50 anos de condenação. A proposta que montou com o pai e advogados de defesa, nos últimos três meses, reduziria em 89% sua pena de prisão inicial.

 

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