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Sul

Erro de Moro pode indicar projeto político pessoal

Mesmo que consiga derrubar um governo legitimamente eleito com a divulgação de um grampo ilegal, o juiz Sergio Moro dificilmente escapará de algum tipo de punição pelo que fez ontem; as ilegalidades passam pela quebra de sigilo de comunicação da presidente da República, o que atenta contra a segurança nacional, divulgação de grampo para o qual não havia autorização judicial, vazamento para a Rede Globo, e quebra do sigilo da comunicação entre cliente e advogados; até agora, Moro conseguiu manter a fama de juiz criterioso; no entanto, sua opção pode ter sido a de se tornar "vítima do sistema" para depois, como herói popular, alimentar seu próprio projeto político, como eventual candidato à presidência da República em 2018

Mesmo que consiga derrubar um governo legitimamente eleito com a divulgação de um grampo ilegal, o juiz Sergio Moro dificilmente escapará de algum tipo de punição pelo que fez ontem; as ilegalidades passam pela quebra de sigilo de comunicação da presidente da República, o que atenta contra a segurança nacional, divulgação de grampo para o qual não havia autorização judicial, vazamento para a Rede Globo, e quebra do sigilo da comunicação entre cliente e advogados; até agora, Moro conseguiu manter a fama de juiz criterioso; no entanto, sua opção pode ter sido a de se tornar "vítima do sistema" para depois, como herói popular, alimentar seu próprio projeto político, como eventual candidato à presidência da República em 2018 (Foto: Leonardo Attuch)
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Paraná 247 – O que levou o juiz Sergio Moro, que até agora vinha cultivando a imagem de sério e criterioso, a cometer diversas ilegalidades numa só tacada?

Ontem, ao divulgar um grampo ilegal da presidente Dilma Rousseff, Moro pode ter contribuído para a evenutal derrubada de um governo legitimamente eleito, mas também disparou contra o próprio pé. Isso porque mesmo que o vice-presidente Michel Temer venha a assumir a presidência da Repúbilca, Moro dificilmente espacará de algum tipo de sanção disciplinar.

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Reportagem do portal Consultor Jurídico, o principal veículo de comunicação do meio, apontou que, segundo diversos especialistas, Moro violou a lei ao divulgar os grampos de ontem. Primeiro, porque não poderia quebrar o sigilo das comunicações de autoridades com foro privilegiado – especialmente, quando se trata da presidente da República. Segundo, porque não havia autorização judicial para a gravação do diálogo entre Lula e Dilma (leia aqui).

Outra ilegalidade foi a quebra do sigilo da comunicação entre cliente (o ex-presidente Lula) e seus advogados, o que viola as prerrogativas da advocacia (leia aqui). Além disso, ao divulgar uma conversa da presidência da República, Moro também atentou contra a segurança nacional, segundo o advogado José Roberto Batochio, ex-presidente da OAB (leia aqui).

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Projeto político

O grampo ilegal, que fará com que Moro também seja processado pela própria presidente Dilma Rousseff (leia aqui), serviu para alimentar o golpismo da oposição, que vem desde a derrota nas eleições presidenciais, e para levar hordas de fanáticos às ruas, que passaram a agredir quem, eventualmente, pensasse diferente. Portanto, foi uma ilegalidade que interessa apenas à Globo, principal artífice do golpe, assim como em 1964.

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No entanto, mesmo que esse projeto se concretize e Temer assuma a presidência, Moro terá suas asas cortadas. Um juiz acima da lei não interessa a nenhum grupo empresarial no Brasil – à exceção da Globo. Também não interessa a Temer nem ao presidente da Congresso, Renan Calheiros, que já qualificou Moro como "um juiz de exceção". E muito menos aos ministros do Supremo Tribunal Federal.

Se Moro colocou em risco sua própria carreira na magistratura, qual seria a lógica? Apenas a eventual existência de um projeto político. O juiz paranaense já teve seu nome colocado em algumas sondagens presidenciais e poderia encarnar o super-herói redentor. Especialmente se vier a ser "vitimizado pelo sistema" depois de divulgar um grampo ilegal contra Dilma.

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