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    Esquema de lavagem de dinheiro usava doleiros e tinha líderes no Paraná

    Delegado Ricardo Cubas César informou que um esquema de lavagem de dinheiro, compra de drogas e mercadorias contrabandeadas com movimentação financeira superior a R$ 600 milhões, entre 2011 e 2015, era comandado por quatro pessoas que moravam no Oeste do Paraná. Três delas residiam em Foz do Iguaçu e uma em Cascavel; o dinheiro obtido no esquema era usado para a aquisição de bens como veículos de luxo e de drogas; a quadrilha, desarticulada durante a Operação Bemol, usava doleiros para o envio de dinheiro ao Paraguai

    POLÍCIA FEDERAL E RECEITA FEDERAL DEFLAGRAM OPERAÇÃO BEMOL Foz do Iguaçu/PR – Hoje, 05, a Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram a Operação Bemol, que tem o objetivo de desarticular uma organização criminosa transnacional que, em menos de cinc (Foto: Leonardo Lucena)
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    Paraná 247 – O delegado Ricardo Cubas César informou, nesta quinta-feira (5), que um esquema de lavagem de dinheiro, compra de drogas e mercadorias contrabandeadas com movimentação financeira superior a R$ 600 milhões, entre 2011 e 2015, era comandado por quatro pessoas residentes no Oeste do Paraná. Três delas moravam em Foz do Iguaçu e uma em Cascavel. O dinheiro obtido no esquema era usado para a aquisição de bens como veículos de luxo e de drogas. A quadrilha, desarticulada durante a Operação Bemol, usava doleiros para o envio de dinheiro ao Paraguai.

    A Polícia Federal prendeu 29 pessoas durante a ação realizada desde a madrugada desta quinta-feira (5) no PR, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Foram apreendidos R$ 62,3 mil, US$ 400 dólares, três carros e uma arma sem registro.

    De acordo com as investigações, iniciadas em 2012, o grupo utilizava contas bancárias de 87 empresas para receber valores de pessoas físicas e jurídicas de diversos estados interessadas em adquirir mercadorias, drogas e cigarros do Paraguai. A maioria das empresas era fictícia e de vários ramos como de hotelaria e de venda de bebidas.

    "Eles possuíam várias empresas usadas pelo comprador para depositar o dinheiro que deveria chegar ao Paraguai. Quando envolvia pequenas quantias, sacavam em agências bancárias e levavam esse dinheiro fisicamente pela Ponte da Amizade. Quando envolvia quantias maiores, usavam o esquema de 'dólar cabo', uma espécie de compensação em que o dinheiro passa de uma mão para outra sem sair do país onde está", afirmou o delegado em coletiva de imprensa.

    Ainda faltavam ser cumpridos 11 mandados de prisões temporárias – até o início da tarde - um de prisão preventiva e oito de condução coercitiva. Os 68 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. As prisões temporárias têm prazo de cinco dias e podem ser prorrogadas pelo mesmo período. as preventivas não têm prazo pré-definido.

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