Lava Jato no Paraná caminha para a velhice, diz procurador
Um dos principais integrantes da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, o procurador federal Carlos Fernando dos Santos Lima, 53, diz que a operação no Paraná "caminha para a velhice"; "As investigações acabam por dois motivos: porque o assunto se esgotou ou porque não existem recursos mais para você trabalhar. Creio que temos os dois fenômenos. Estamos caminhando para o esgotamento do assunto Petrobras. Mas também estamos sofrendo com falta de recursos. Estamos ficando velhos e com reumatismo"
Paraná 247 - O procurador federal Carlos Fernando dos Santos Lima, 53, um dos nomes mais conhecidos da força-tarefa da Lava Jato, expressou seu descontentamento atual com a operação.
"Aqui no Paraná [a Lava Jato] está na meia idade caminhando para a velhice. As investigações acabam por dois motivos: porque o assunto se esgotou ou porque não existem recursos mais para você trabalhar. Creio que temos os dois fenômenos. Estamos caminhando para o esgotamento do assunto Petrobras. Mas também estamos sofrendo com falta de recursos. Estamos ficando velhos e com reumatismo.
Carlos Fernanco concedeu uma longa entrevista à Folha de S.Paulo nesta sexta.
Nos últimos meses, ele tem sido ativo nas redes sociais, distribui bordoadas a políticos, jornalistas e quem mais identifica como inimigo da operação. Adotou a hashtag #quemnaodevenaoTemer e aderiu a frases motivacionais como "vamos acreditar que podemos ser livres, que podemos escolher pessoas íntegras, que existe esperança".
Em entrevista, ele critica pontos da delação fechada com a JBS, defende condenações com base em indícios e afirma que a Lava Jato, em Curitiba, está chegando a seu ciclo final.
Quase três anos e meio após o início da operação, Carlos Fernando dá sinais de cansaço. Planeja se aposentar e passar a advogar na área de compliance. Diz que se viciou no seriado "Game of Thrones", mas não pretende assistir ao filme "Polícia Federal, a Lei é para Todos", que conta a história da operação e estreia em setembro.
As informações são de Fabio Zanini e Wálter Nunes na Folha de S.Paulo.
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