CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Sul

Leite admite ter errado ao declarar voto em Bolsonaro em 2018 e ataca o PT

O governador do Rio Grande do Sul se assumiu gay na última semana e passou a ser cobrado por ter apoiado Bolsonaro - assumidamente homofóbico - na última eleição

Eduardo Leite (Foto: Itamar Aguiar/Palácio Piratini)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 - O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que se assumiu gay na última semana e depois foi criticado por ter declarado voto em Jair Bolsonaro - assumidamente homofóbico - em 2018, se disse arrependido do gesto.

Em entrevista coletiva neste sábado (3), o gaúcho foi perguntado sobre o movimento na última eleição. Apesar de reconhecer o erro, Leite fez questão de dizer que, ao declarar seu voto, não apoiou Bolsonaro. "Em 2018, foi um erro levar aquelas duas alternativas ao segundo turno, em primeiro lugar. E, dentro do que se apresentava no segundo turno, também considero um erro o encaminhamento da eleição do presidente Bolsonaro. Não projetávamos que, num quadro de pandemia, a sensibilidade humana do presidente fosse tão exigida como está sendo. (...) Apoiar um candidato significa, além de declarar o voto, buscar votos para o candidato. E eu jamais fiz isso. Não fiz campanha casada, não misturei meu nome ao do candidato, não fiz material conjunto e nem procurei estimular que as pessoas votassem nele. Declarei qual seria o meu voto em função do que se apresentava naquele segundo turno". 

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

O governador disse que não esperava que os pensamentos preconceituosos de Bolsonaro se tornassem políticas públicas em seu governo. "As declarações de intolerância que o presidente tinha tido no passado me pareciam, naquele momento, embora preocupantes, ter menos espaço para se apresentarem de forma prejudicial ao país, tendo em vista que temos instituições fortes que garantiriam que a posição homofóbica dele não significasse política pública contrária a gays. Então a gente tem que analisar esse erro e aprender com ele pra não cometer mais esse erro no futuro".

Leite evitou dizer se votará no ex-presidente Lula em 2022 e, como bom tucano, passou a atacar o PT que, segundo ele, "gerou milhões de desempregados para o Brasil, a mais profunda recessão da nossa história e casos de corrupção que chocavam também a população". "Não vamos nos resignar em sermos levados a um segundo turno como em 2018, em que tenhamos que escolher entre um projeto ruim e outro igualmente ou pior. Temos que construir alternativas para construir um Brasil novo. Não me manifesto sobre esse cenário de segundo turno porque vou trabalhar para que ele não aconteça.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

O gaúcho ainda criticou o instituto da reeleição, criado durante a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. "Foi um erro. Dentro do nosso modelo político institucional, revelou-se um erro. No sistema dos Estados Unidos, há um bipartidarismo, que proporciona uma outra condição de exercício da atividade da reeleição.. No Brasil, como há pluripartidarismo, uma fragmentação partidária, a reeleição acaba sendo um instituto ruim. Porque o governante precisa dos apoios dos partidos e negocia esses apoios dentro do gabinete oficial, com o governo nas mãos, e, muitas vezes, precarizando a formação do governo em nome da reeleição".

Inscreva-se no canal de cortes da TV 247 e saiba mais:

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247,apoie por Pix,inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO