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Sul

Moro proíbe Cerveró de detalhar participação de Temer em negociação de propina

O ex-diretor da área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, foi procurado pela bancada do PMDB, presidida por Michel Temer na época, para negociar um pagamento de uma mesada de 700 mil dólares para o grupo político; mas esta informação foi preterida pelo juiz Sérgio Moro no depoimento de Cerveró; confira registro da conversa

Former director of Brazil's state-run oil company Petrobras, Nestor Cervero, attends a meeting of the supervision and control committee, discussing corruption allegations involving the purchase of a refinery in Pasadena, Texas, at the Lower House of Congr (Foto: Valter Lima)
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Revista Fórum - Na última sexta-feira (2) a Justiça Federal publicou a íntegra do depoimento do ex-diretor da área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, em que ele cita abertamente a conversa sobre uma suposta negociação de pegamento de propina que contou com a participação do presidente Michel Temer.

Na época, Temer disse que estava sendo pressionado pela bancada do PMDB para que Cerveró deixasse o cargo na estatal. Na mesma época, Cerveró foi procurado por um representante da bancada do partido para “estabelecer um acordo de uma mesada de 700 mil dólares para o grupo” e que se essa exigência fosse cumprida, ele seria mantido no cargo.

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Confira abaixo o registro da conversA.

Depoente:- Sim, um representante desse grupo me procurou, era até um deputado de Minas, Vicente … eu não me lembro, faz parte do … mas eu não me lembro o nome exatamente, através de um pequeno empreiteiro, uma empreiteira que eu tinha conhecimento, trouxe pra falar comigo lá de Belo Horizonte e me deram esse recado, que se eu me dispusesse a estabelecer um acordo, um pagamento mensal da ordem de 700 mil dólares, que esse grupo não faria … não havia nenhuma exigência que fosse … quem fosse, desde que fosse atendido esse compromisso. Aí eu não concordei, porque não tinha como fazer isso.

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Defesa:- Esse grupo que o senhor se refere era…

Depoente:- Grupo da bancada do PMDB.

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Durante seu depoimento, o advogado de defesa do ex-deputado Eduardo Cunha pergunta abertamente se Temer tinha conhecimento sobre a mesada de 700 mil dólares paga a bancada do PMDB. Nesse momento, Sérgio Moro indefere que o assunto seja discutido.

Defesa:- Essa proposta financeira que o senhor recebeu pra se manter no cargo, de pagar 700 mil dólares por mês, também foi levada ao presidente do PMDB à época?

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Juiz Federal:- Não doutor, aí eu estou indeferindo essa questão, isso não é objeto da acusação e não tem competência este juízo pra esse tipo de questão.

Moro justifica sua atitude dizendo que por conta do Temer possuir foro privilegiado, o processo poderia ser levado ao Supremo ou até anulado.

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