"Não esperem que Lula silencie diante de um massacre", diz Gleisi Hoffmann
O presidente da República havia sido atacado pela Confederação Israelita do Brasil por condenar os crimes de guerra cometidos por Israel no Oriente Médio

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247 - A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), defendeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por condenar o genocídio contra o povo palestino na Fiaxa de Gaza, Oriente Médio. "Ninguém espere do presidente Lula que ele silencie sobre esta situação, até porque Lula orientou nossa diplomacia a construir uma saída negociada no Conselho de Segurança da ONU. E esta saída, ineditamente aprovada pelo conjunto dos países membros, foi inviabilizada tão somente pelo veto unilateral dos EUA", afirmou.
A Confederação Israelita do Brasil (Conib) havia atacado Lula por causa do posicionamento dele sobre o conflito no Oriente Médio. O advogado Marco Aurélio Carvalho, coordenador do grupo jurídico Prerrogativas, fez críticas à iniciativa da Conib.
Leia agora a íntegra da nota emitida por Gleisi:
O massacre de Gaza é uma das páginas mais vergonhosas da humanidade e não há como negar nem muito menos tentar justificar esta realidade. A retaliação militar do governo de Netanyahu, matando crianças, cercando e bombardeando hospitais, privando a população de água, energia e medicamentos, é de uma crueldade friamente calculada. É ditada pelo ódio e pelo sentimento de vingança. É tão desumana, e proporcionalmente muito maior, como os ataques do Hamas que deflagaram o atual conflito na região.
Ninguém espere do presidente Lula que ele silencie sobre esta situação, até porque Lula orientou nossa diplomacia a construir uma saída negociada no Conselho de Segurança da ONU. E esta saída, ineditamente aprovada pelo conjunto dos países membros, foi inviabilizada tão somente pelo veto unilateral dos EUA.
Ninguém espere que Lula silencie diante de um massacre de crianças e civis inocentes, sem bombas nem fuzis, como o que está acontecendo em Gaza. E não usem argumentos falaciosos contra alguém que sempre defendeu a paz. Para quem perdeu a família, os amigos, a casa e a pátria, não há diferença se o ataque partiu de um terrorista ou de um genocida, se professa tal ou qual religião. Interessa antes de tudo que a paz seja alcançada, e esta é a palavra muito clara de Lula.
O comovente depoimento da jovem brasileira Shahed Al-Banna, resgatada pelo governo do presidente @LulaOficial, é mais forte do que qualquer comentário ou editorial sobre o massacre da população civil da Faixa de Gaza pelo governo de extrema-direita de Israel. “Quase não há mais Gaza” lamentou Shahed, referindo-se à destruição da cidade onde vivia, da universidade em que estudava, ao bombardeio da sua casa, à morte de amigos e à tragédia que ainda vivem.
Diante desse depoimento, desmoronam os argumentos supostamente “racionais”, “políticos” ou “diplomáticos” contra a forte e necessária denúncia de Lula sobre o massacre de Gaza. Podem ser ferramentas de propaganda de guerra ou mera manipulação política. Mas fazem lembrar o que nos ensinou, há 60 anos, Hannah Arendt, uma corajosa mulher judia, sobre a banalidade do mal. Nada, mas nada mesmo, pode justificar a barbárie.
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