"Paraná vai ter o pedágio mais caro do Brasil mais uma vez", denuncia Requião Filho
“O pedágio é ruim para o Paraná, e o modelo escolhido é pior. Nós avisamos, não é de agora. E a culpa é do governo estadual e do governo federal”, destacou o parlamentar
247 - O deputado Requião Filho (PT), líder da oposição na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), expressou sua preocupação com o resultado do leilão do Lote 2 do novo pedágio, realizado na última sexta-feira (29). Apenas uma empresa participou do processo de licitação, apresentando uma proposta de desconto de apenas 0,08% para o pacote de mais de 604 quilômetros de rodovias, o que, segundo o deputado, confirma que o Paraná está destinado a ter o pedágio mais caro do Brasil mais uma vez.
Requião Filho não poupou críticas ao governo estadual e federal. Ele enfatizou que o novo modelo de pedágio não oferece garantias de obras adequadas e não proporcionou concorrência real durante o processo de licitação: "o pedágio será o pedágio mais caro da história mais uma vez. Com o apoio do Ratinho Jr. e com o apoio do Lula. O pedágio é ruim? É. Tem garantia de obra? Não. Teve concorrência? Não. Foi um vexame? Foi. De quem é a culpa? Dos dois", declarou o deputado.
Requião Filho também alertou para as consequências negativas que esse novo pedágio poderá ter na economia do estado. Ele estimou um aumento imediato no custo de frete de mais de 10%, o que, segundo ele, resultaria em inflação, preços mais altos para os produtos e impactos negativos na agricultura.
O deputado destacou que a Oposição sempre se posicionou contra a concessão das rodovias do estado à União e contra o novo modelo de pedágio. Ele ressaltou que, desde o início das discussões, advertiu sobre a falta de concorrência, transparência, garantia de obras e descontos no processo de concessão.
"Nós avisamos. Verdade seja dita, e alguns deputados da própria base, avisaram. Nós dissemos que não teria concorrência, transparência, garantia de obras e descontos. E assim tem sido. A tarifa já está mais cara do que deveria ser. Avisamos a ANTT, governo federal, governo do Estado, o Tribunal de Contas da União, ao Tribunal de Contas do Estado, imprensa. Contra fatos não há argumentos. O que devemos fazer agora é tentar resolver o pedágio", afirmou Requião Filho.
