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Sul

Prefeito bolsonarista acusado de esconder 8,5 mil cestas básicas pode perder mandato

Segundo parlamentares do PT, Divaldo Lara estocou mais de 8 mil cestas básicas que, de acordo com os parlamentares, teriam sido enviadas pelo governo Lula

Divaldo Lara (Foto: Reprodução)
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247 - O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RS) julgará na próxima terça-feira (07) o prefeito de Bagé (RS), Divaldo Lara (PTB), que poderá ter seu mandato cassado. Vereadores do PT afirmaram que o bolsonarista guardou mais de 8 mil cestas básicas que, de acordo com os parlamentares, teriam sido enviadas pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no início do ano para ajudar a população durante o período de seca.

De acordo com o vereador Lelinho Lopes (PT), "enquanto muitos bageenses estão sem alimento em suas mesas, a prefeitura está estocando quase 9 mil cestas básicas". "É um absurdo o que a gente se deparou em um atacado que estoca cestas básicas da prefeitura de Bagé", disse em vídeo gravado em frente à sede do Ministério Público Federal (MPF) da cidade.

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O prefeito já foi condenado, juntamente de seu irmão, o ex-deputado estadual Luis Augusto Lara (PL). Os dois foram condenados inelegíveis e Luis Augusto perdeu seu mandato na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, por abuso de poder político e econômico nas eleições de 2018. No mesmo ano da eleição em que Divaldo será julgado, em 2020, ele foi afastado do cargo de prefeito por 180 dias, através da Operação Factótum, que investigava fraudes de licitação, organização criminosa e diversos outros crimes contra a administração pública. O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) fez busca e apreensão na casa do prefeito.

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Divaldo Lara ainda responde processo na Operação Coactum, por esquema de rachadinhas e caixa 2. Em delação premiada de um dos envolvidos, ficou exposto que Divaldo recebia R$ 40 mil por mês de propina. O prefeito também é acusado de desvio de R$ 4 milhões na compra de aparelhos auditivos, em que mais de 3.000 próteses auditivas não foram entregues para os pacientes. Segundo as investigações, muitas pessoas que deveriam receber as próteses auditivas acabaram morrendo aguardando na fila.

Sobre as acusações de propina, o prefeito enviou nota, em janeiro de 2022, quando afirmou que as denúncias "improcedem". "Os contratos foram extintos e inclusive já passaram pela aprovação e crivo do Tribunal de Contas, não havendo nenhuma ilicitude nos mesmos".

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O chefe do Executivo disse ao portal G1 não haver prestação de serviço com a empresa de Giovani, uma organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP) em Bagé. De acordo com o prefeito, "o advogado de Divaldo Lara, José Henrique Salim Schmidt, informa que a colaboração premiada" que resultou nas denúncias "foi impugnada judicialmente por incompetência da justiça estadual para sua homologação e já foi informado ao juízo o descumprimento dos compromissos assumidos pelo colaborador, o que retira a credibilidade de suas afirmações, eis que atuou em outras licitações, causa de rescisão do acordo de colaboração premiada".

Em nota enviada ao site Bagé 24h, a prefeitura do município negou a versão dos vereadores. "O vídeo e a denúncia realizada pelos vereadores de oposição, não passa de mais um falsa notícia", disse. "Estas cestas são destinadas à ZONA RURAL e a Defesa Civil, desde então, vem entregando os alimentos, com a entrega já realizada de mais de 4000 unidades, obedecendo o cronograma previsto".

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De acordo com a gestão municipal, após a "chuva de granizo, que danificou mais de 14 mil residências", a prefeitura dividiu "equipes da Defesa Civil, de voluntários e do Governo Municipal em dois períodos, um para entrega de telhas e outro para a entrega de cestas básicas, que ocorre ao final do expediente, à tardinha". Assim continuará, nos próximos dias, normalmente, como já vinha sendo realizado.

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