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Sul

Requião: ‘fim das garantias pode levar à guerra civil’

Uma das vozes mais críticas do Congresso Nacional ao governo de Michel Temer, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) faz um alerta: "guerra civil pode ocorrer com o fim das garantias sociais que o País está vivendo"; segundo ele, "o brasileiro não vai se conformar em perder conquistas que foram feitas ao longo da história da humanidade ocidental e da própria história do País"; Requião também avalia que "quem tem medo de eleição direta é quem está ligado aos dominadores econômicos da sociedade. A eleição direta deixa o povo se manifestar"; sobre Temer, foi taxativo: "está propondo a desnacionalização do Brasil, o fim da soberania"

Uma das vozes mais críticas do Congresso Nacional ao governo de Michel Temer, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) faz um alerta: "guerra civil pode ocorrer com o fim das garantias sociais que o País está vivendo"; segundo ele, "o brasileiro não vai se conformar em perder conquistas que foram feitas ao longo da história da humanidade ocidental e da própria história do País"; Requião também avalia que "quem tem medo de eleição direta é quem está ligado aos dominadores econômicos da sociedade. A eleição direta deixa o povo se manifestar"; sobre Temer, foi taxativo: "está propondo a desnacionalização do Brasil, o fim da soberania" (Foto: Leonardo Lucena)
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Paraná 247 - Uma das vozes mais críticas do Congresso Nacional ao governo de Michel Temer, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) faz um alerta: "guerra civil pode ocorrer com o fim das garantias sociais que o País está vivendo". Segundo ele, "o brasileiro não vai se conformar em perder conquistas que foram feitas ao longo da história da humanidade ocidental e da própria história do País".

"O Brasil já conheceu o getulismo, a CLT, as garantias sociais. O governo do PT, com todos os seus erros econômicos, viabilizou uma inclusão impressionante, levando uma parte da população ao mercado de consumo, ao mercado de trabalho. O brasileiro já se acostumou a comer três vezes por dia", disse. "Aumentou o salário mínimo, aumentaram as bolsas compensatórias. O povo não vai aceitar essa regressão. É uma ilusão dessa canalhada", acrescentou.

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De acordo com o parlamentar, "a reforma Trabalhista pode passar, porque o congresso, é um congresso de patrões". "A câmara votou essa reforma com 230 e poucos votos; 198 eram patrões. Esses patrões, sem entender que a economia só aumenta se tiver consumo e consumo só tem com salário e com emprego, não entendem como é que você pode estimular o país. Acham que podem resolver crise escravizando o trabalho", disparou. A entrevista foi concedida ao Diarinho.

Eleição direta e relação com PMDB

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"Quem tem medo de eleição direta é quem está ligado aos dominadores econômicos da sociedade. A eleição direta deixa o povo se manifestar. Pode ser uma escolha boa, pode ser uma escolha ruim. Será corrigida por outra eleição. Mas é a única forma da democracia ser praticada", diz o senador.

Ao ser questionado se já não foi ameaçado de expulsão do PMDB devido às intensas críticas a Michel Temer, Requião disse que o peemedebista "merece o direito de defesa e o devido processo legal".

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"Agora, a minha posição não diz respeito exclusivamente nas denúncias. O Temer tá propondo a desnacionalização do Brasil, o fim da soberania. Ele tá, de uma forma aberta, aderindo ao consenso de Washington, que é transformar o Brasil num produtor de matérias-primas, de commodities, com empregos de segunda categoria, sem qualquer industrialização. Ele entregou o petróleo! Querem privatizar e entregar a água! Querem privatizar empresas de saneamento básico!", complementou.

Governabilidade

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Vale ressaltar que Michel Temer, arquiteto do golpe contra Dilma Rousseff, foi historicamente aliado do PT. Requião não vê necessidade de governo de coalizão para gerir um País. "Fui governador do Paraná três vezes. Não fiz coalização com ninguém. [Chapa pura?] Não, eu tive participação de quadros de outros partidos no governo, mas eu nunca deliberei uma emenda parlamentar, eu nunca permiti que nomeassem secretários. Eu tinha um programa de governo e as pessoas podiam trabalhar comigo dentro do programa", disse ele.

De acordo com o congressista, na sua gestão, "a Assembleia Legislativa não tinha emendas e não nomeava ninguém, mas ela aprovava um programa de construção de escolas e se podia ir para o interior e dizer: 'olha, nós aprovamos esse programa, isso veio também pela nossa mão'. Eu não acho absolutamente necessária essa fisiologia e esse tráfico. Isso é um erro básico! Nós precisamos é de um projeto e jamais alianças com grupos financeiros e econômicos"

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2018

O senador do PMDB preferiu deixou claro que não é seu objetivo disputar a presidência da República. "Eu acho que até pode ser. Mas não é o meu objeto. Eu estou com 76 anos de idade. Eu quero é colaborar com a recuperação do país num projeto nacional e socialmente justo. Se isso acontecer, eu participo do pleito. Eu estou na política. Não vou dizer para você que não estou", afirmou.

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"Fui governador três vezes, senador duas vezes, prefeito da capital [Curitiba], deputado estadual. Mas não é esse o meu objetivo. O meu objetivo é influir na melhoria das relações econômicas e sociais do país. Se isso acontecer [candidatura à presidente], é um acidente de percurso".

Projetos

Requião avalia que o Brasil necessita de "um programa nacionalista, anticíclico, com políticas de investimento público, políticas de aumento de salário, desenvolvimento e emprego, de defesa da indústria nacional, com financiamento para que nossos empresários possam crescer. E não a sua venda a capitais estrangeiros".

"[Há como fugir, mesmo numa situação isolada nacionalista, da crise mundial cíclica do capitalismo?] Claro que há! Você veja o que fez o Obama [Barack Obama, presidente dos EUA de 2009 a 2017, durante o aprofundamento da crise econômica no país]. Investiu dinheiro público. Desde o início da crise ele investiu um trilhão e 500 bilhões de dólares até a economia se recuperar. Ele estatizou a General Motors [fábrica de carros] para os Estados Unidos não perderem emprego", disse.

"O que é a que a besta do Trump [Donald Trump, atual presidente] tá fazendo? Além de algumas asneiras racistas e absurdas, tá defendendo o emprego dentro dos Estados Unidos. E quem não fez isso quebrou. Como a Grécia, que se submeteu ao capital alemão, na Europa. A Itália, que derrubou um primeiro ministro num plebiscito. A Espanha que não consegue montar um governo. E aí tem o pequeno Portugal, com o partido socialista no poder".

 

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