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Sul

Sergio Moro e o cristal partido

"Teriam sido as imprudentes fotos dos encontros festivos de Moro com Aécio e Temer finalmente fazendo efeito? Seriam os embates entre Moro e Lula anunciados e transmitidos como se fossem lutas entre pesos pesados e nos quais Moro não teria se mostrado à altura de seu oponente? Seria simplesmente o cansaço para com uma figura midiática exposta ao extremo?", questiona Sergio Saraiva, no jornal GGN

Brasilia, DF, Brasil, 19/04/2017: o presidente Michel Temer e o Juiz federal Sergio Moro se cumprimentam durante solenidade comemorativa ao dia do exercito. Foto: Pedro Ladeira/Folhapress (Foto: Leonardo Attuch)
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Por Sergio Saraiva, no jornal GGN

A pesquisa do Instituto Ipsos divulgada pelo Estadão em 24 de setembro de 2017 não traz boas notícias para o juiz Sergio Moro. Seus índices de desaprovação pela população nunca estiveram tão altos – 45%.

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Ainda que quando comparado com os índices de outras personalidades pesquisadas, o índice de Moro pode não parecer tão ruim. Por exemplo, o malvado preferido de Moro – o ex-presidente Lula – tem um índice de rejeição, que mesmo em queda, é de 59%.

E Michel Temer é rejeitado por 94%. Mais do que o dobro do índice de Moro.

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Há que se descontar, claro, que até aqui comparamos Moro com políticos tradicionais e a classe política está em baixa como nunca junto à população brasileira. Mas mesmo quando comparamos os índices de rejeição de Moro com um seu igual – o ex-ministro Joaquim Barbosa – o “o anjo vingador” do Mensalão – Moro não se sai mal. Está em um empate técnico com Barbosa. Este com 41% de rejeição e Moro com 45%.

Ipsos Estadão 13

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E aqui caberia uma pergunta: por que duas personagens que nos últimos tempos têm representado no imaginário popular a figura do “santo guerreiro” combatendo os “demônios da corrupção” acabam perto de ter metade da população os rejeitando?

A resposta poderia ser: o brasileiro está de mau humor.

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Creio que essa explicação poderia se aplicar a Joaquim Barbosa. Mas não a Sergio Moro.

Em relação a Moro, algo aconteceu. Ainda não é claro o quê, mas o quando é maio de 2017.

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Basta analisar-se a reta imaginária que melhor resolve a sequência dos índices de aprovação e desaprovação de Sergio Moro dos últimos doze meses.

Moro vinha em um crescendo de aprovação desde setembro de 2016, quando, partindo de um índice de 55%, vai atingir algo próximo a 70% em maio de 2017. Então, em maio de 2017, a reta de inverte.

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Ipsos Estadão 12

A partir de maio de 2017, os índices de aprovação começam a cair na mesma proporção em que sobem os de desaprovação. Até chegar hoje a estarem estatisticamente iguais, se considerarmos a margem de erro da pesquisa que é de 3% - 48% de aprovação e 45% de desaprovação.

Estarão invertidos no próximo mês, se a tendência se mantiver. E tendências estatísticas, uma vez estabelecidas, não costumam se reverter facilmente.

O que ocorreu?

Teriam sido as imprudentes fotos dos encontros festivos de Moro com Aécio e Temer finalmente fazendo efeito? Seriam os embates entre Moro e Lula anunciados e transmitidos como se fossem lutas entre pesos pesados e nos quais Moro não teria se mostrado à altura de seu oponente?

Seria simplesmente o cansaço para com uma figura midiática exposta ao extremo?

Ou seria o povo brasileiro em fim se dando conta de que a cavalgada insana que Moro representa não nos levou ao paraíso prometido? Mas ao seu contrário.

Neste momento ainda não é possível saber, mas o que a pesquisa Ipsos de setembro de 2017 mostra é que algo parece ter se quebrado entre Moro e o povo brasileiro.

 

PS: Oficina de Concertos Gerais e Poesia: o meu partido é um coração partido. Viva Cazuza.

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