A indústria tem grandes expectativas em relação à aprovação da Reforma Tributária, avalia presidente da CNI

247 – O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, afirmou que o anúncio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) feito nesta quinta-feira (25) eleva a qualidade do investimento no Brasil e reafirma o compromisso do governo com a necessidade de reindustrialização do país. Segundo Robson Andrade, o governo acertou ao priorizar os primeiros passos dessa agenda através do estímulo ao investimento, à exportação e à inovação, por meio da disponibilização de crédito do BNDES em condições mais favoráveis de financiamento.

"A indústria brasileira precisa de recursos para investir cada vez mais em digitalização, tecnologia e inovação. O alto custo é apontado como a principal barreira interna para a adoção de novas tecnologias. Por isso, atualmente, mais da metade das empresas industriais não utiliza ou usa poucas tecnologias digitais. Somente através da digitalização poderemos superar a baixa produtividade e competitividade da estrutura produtiva, impulsionando o crescimento do Brasil, com mais empregos e maior renda", diz Robson Braga de Andrade.

Na avaliação da Confederação, as linhas de crédito chegam em um momento importante para o país, que precisa urgentemente estabelecer sua política industrial. Os investimentos ajudam a indústria a impulsionar o crescimento econômico, enfrentar desafios globais, como a descarbonização e a digitalização da economia, criar empregos e aumentar a renda da população. Além disso, o presidente da CNI destaca que investimento, exportação, inovação, descarbonização e digitalização são elementos essenciais de uma política industrial executada com bases modernas e sustentáveis. Portanto, eles compõem a coluna vertebral do Plano de Retomada da Indústria, recentemente apresentado pela CNI ao governo.

Robson Andrade explica que o anúncio do BNDES e a pauta do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), focada em missões, estão alinhados com as propostas do setor industrial. O presidente da CNI enfatiza ainda que "a indústria tem grandes expectativas em relação à aprovação da Reforma Tributária, dada sua capacidade de aumentar a competitividade das empresas e acelerar o ritmo de crescimento da economia".

BNDES Exim Pré-Embarque fortalecerá a exportação brasileira – A CNI avalia que o aprimoramento do BNDES Exim Pré-Embarque, com a significativa redução da taxa de juros, fortalecerá a exportação brasileira, especialmente para pequenas e médias empresas. Estima-se que a taxa cobrada pelo banco seja reduzida em cerca de 60% para micro, pequenas e médias empresas (MPMEs). A exportação é fundamental para o desenvolvimento do país, permitindo o crescimento da produção e tendo reflexos positivos na renda e no emprego.

Por sua vez, o mecanismo da Taxa Fixa do BNDES em dólar (TFBD) facilitará o planejamento financeiro das empresas que têm receitas vinculadas à variação do dólar e desejam adquirir máquinas e equipamentos. Dessa forma, desempenhará um papel relevante no estímulo ao investimento, uma variável chave para aumentar a capacidade de crescimento econômico do Brasil.

"A manifestação do governo de que pretende instituir uma espécie de 'Plano Safra' para a indústria nos anima. A destinação de recursos exclusivos para o financiamento das atividades industriais, à semelhança do que ocorre com as atividades agropecuárias, é fundamental, pois garantirá crédito em volume e condições adequadas às oportunidades e desafios do setor industrial", afirma o presidente da CNI.

A medida anunciada pelo BNDES representa um impulso para a indústria brasileira, promovendo investimentos, exportações e inovação. Além disso, reforça o compromisso do governo com a reindustrialização do país, visando o crescimento econômico, a geração de empregos e o aumento da renda da população. A CNI demonstra otimismo em relação às perspectivas futuras e destaca a importância de medidas adicionais, como a aprovação da Reforma Tributária, para impulsionar ainda mais a competitividade do setor industrial.