CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Reindustrialização

Fiesp: Brasil precisa de mais competitividade

Na Fiesp, especialistas do agronegócio debatem as perspectivas para as cadeias produtivas do setor e caminhos para o Brasil aumentar a produção e as exportações

Homem manuseia grãos de soja durante estação da colheita perto da cidade de Campos Lindos (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Agência Fiesp - As perspectivas para as cadeias produtivas do agronegócio foram tema de debate na reunião do Conselho Superior do Agronegócio (Cosag) da Fiesp, realizada na segunda-feira (6/3), sob o comando do presidente Jacyr Costa. Na ocasião, especialistas fizeram um panorama dos segmentos mais importantes.

O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, explicou que, entre 2000 e 2022, a indústria brasileira de frangos, suínos e ovos gerou mais de US$ 169 milhões em receita cambial, com mais de 3,8 milhões de contêineres exportados. Somados, os setores geram mais de 4 milhões de empregos no Brasil e PIB de R$ 164 bilhões de reais.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

O recorte dos dados aponta o Brasil como segundo maior produtor mundial de frangos, com 14,5 milhões de toneladas produzidas em 2022. O país é o primeiro exportador mundial e comercializou 4,8 milhões de toneladas em 2022, para mais de 150 países. Um terço da produção é destinada à exportação, sendo o restante para consumo local.

Quarto maior produtor mundial de carne suína, com 5 milhões de toneladas produzidas em 2022, o Brasil também é o quarto maior exportador mundial: 1,1 milhão de toneladas exportadas em 2022. A produção para o mercado interno é de 76%, e o restante vai para mais de 80 países.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Recordista de produção de ovos, com 52 bilhões de unidades produzidas em 2022, o Brasil é o quinto maior produtor mundial. Entretanto, o mercado interno consome quase tudo, representando 99,5% da produção.

Para Santin, o país precisa realizar mais investimentos e pensar menos em arrecadação. “Falar em imposto sobre exportação é uma loucura. Isso não pode acontecer. O que precisamos é de infraestrutura, de uma Reforma Tributária que mantenha a desoneração de folha, de mais competitividade”, observou.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

A produção de carne bovina, de acordo com o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Antônio Jorge Camardelli, superou a marca de 10 milhões de toneladas, sendo 3 milhões para exportação. “O faturamento em 2022 teve crescimento superior a 40%, com aumento na produção de 22% e quase 158% do preço médio.

“O Brasil não disputa o varejo nos Estados Unidos, mas é um grande fornecedor de carne para hambúrguer. Para este ano, no objetivo é entrar na Coreia do Sul, que é o quarto maior importador mundial, que pode contribuir muito para o ingresso como parceiro industrial”, disse Camardelli.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Em relação ao açúcar e ao etanol, existe um cenário positivo para 2023 e 2024, isso porque o álcool teve aumento na participação na matriz de combustíveis do ciclo Otto – um motor que funciona em quatro tempos e proporciona rendimento energético mais alto, por aproveitar a energia proveniente da queima do combustível nos cilindros.

O presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) Luiz Carlos Correa Carvalho entende que em um mundo com crescente insegurança energética, o Brasil precisa agir para tirar vantagem desse contexto.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

“Os Estados Unidos precisarão do petróleo por pelo menos mais uma década. Porém, a oferta global de petróleo deverá diminuir drasticamente a partir deste ano. E o Brasil pode aproveitar essa oportunidade, mas precisa de sistema regulatório mais previsível e seguro no setor”, defendeu.

A avaliação sobre os grãos é positiva para o ex-secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura Pecuário e Abastecimento (Mapa), e ex-presidente da Conab, Guilherme Soria Bastos Filho. Os desafios superados foram a guerra na Ucrânia, em que houve aumentou no preço dos insumos, a elevação na taxa de juros e as interrupções no Plano Safra.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

“Sem contar os efeitos climáticos, que levou à queda das margens. A boa notícia é que o Brasil mantém a liderança na exportação de soja e assumiu a liderança no milho, ganhando espaço com farelo e óleo de soja”. De acordo com as estimativas da Conab, a produção de grãos para 2022/23 deverá ser superior a 310 milhões de toneladas: quase 22% maior que a safra anterior.

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247,apoie por Pix,inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO