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Saúde

Covid-19: que tipo de negócio deveria ficar aberto?

Um estudo do Massachussets Institute of Tecnology, nos Estados Unidos, tenta responder a essa pergunta e dar pistas para gestores públicos

Comércio aberto no Rio de Janeiro (Foto: REUTERS/Pilar Olivares)
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Por Fábio de Oliveira, da Agência Einstein  - Durante grande parte da quarentena, alguns serviços considerados essenciais puderam permanecer operando. Foi o caso dos supermercados. Agora, muitos países e alguns estados do Brasil começam ou já iniciaram a retomada do comércio e de outros setores. Em termos de saúde e de economia, o que compensa ficar fechado ou aberto em uma pandemia ou em uma eventual segunda onda do problema?  Um estudo do Massachussets Institute of Tecnology (MIT), nos Estados Unidos, tenta dar respostas a essa questão. Para isso, os pesquisadores usaram uma variedade de dados sobre a atividade comercial e dos consumidores, avaliando 26 tipos de empreendimento tanto pela sua utilidade quanto pelo risco para a saúde.  

Os pesquisadores analisaram dados de localização anonimizados de 47 milhões de celulares de janeiro de 2019 até março de 2020. Entre essas informações, estavam inclusas visitas a 6 milhões de estabelecimentos comerciais nos Estados Unidos. Os 26 tipos de empreendimentos respondiam por 57% das visitas – ou seja, o estudo cobriu uma grande faixa da economia. Ao examinarem o dado sobre a localização em um longo período, os especialistas determinaram o nível de aglomeração para todos os tipos de negócio.   

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Os bancos foram os que se saíram melhor na avaliação. Isso porque têm impacto econômico considerável e pouca gente circulando em suas instalações. Afinal, muitas agências tendem a ocupar grandes espaços e as pessoas as frequentam de vez em quando, segundo Seth G. Benzell, um dos coautores da pesquisa. No ranking do estudo, ficaram em primeiro lugar em importância econômica e em 14º em risco para a saúde.  

Por outro lado, existem tipos de comércio que geram agrupamentos, mas apresentam menor peso no quesito cifrões. Lojas de bebidas, de bolos, sorvetes e afins, cafés e academias de ginástica são alguns deles – cafés e quiosques de sorvetes, por exemplo, ficaram em terceiro lugar no ranking dos que apresentam mais risco para a saúde e as academias, na quinta colocação.  

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Além da geolocalização, os pesquisadores também se detiveram em informações do U.S Census Bureau, o equivalente ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sobre folha de pagamento, receita e emprego para estimar a centralidade de diferentes indústrias para a economia. Os empreendimentos analisados representaram 1.43 milhão de empresas, 32 milhões de colaboradores, 1.1 trilhão de dólares em folha de pagamento e 5.6 trilhões de dólares em receita. Além disso, foi feita uma pesquisa com 1.099 pessoas para medir a preferência do público sobre diferentes tipos de negócio. Um ponto para entender a abordagem do estudo, que foi publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Science, é que durante a pandemia as pessoas tentam limitar as saídas que levem a interações com estranhos, ao mesmo tempo em que precisam fazer algumas transações úteis e essenciais.  

O trabalho tem como objetivo auxiliar autoridades governamentais do mundo todo a reorganizarem a volta das atividades econômicas dentro de um nível adequado de segurança. Hoje, o que impera em relação à Covid-19 ainda são muitas incertezas. “Tudo muda muito rápido”, afirma o infectologista Moacyr Silva Júnior, do Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo. “Parques, por exemplo, são áreas ao ar livre, onde as pessoas poderiam ficar. Mas, se forem jogar futsal, por exemplo, ocorrerá interação e risco de contaminação.”  

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