CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Saúde

Fake news são a maior ameaça à aplicação de vacinas contra a covid-19 no Brasil

Nos últimos dois meses, a onda de fake news sobre a vacina cresceu 383%, segundo monitoramento da União Pró-Vacina

Funcionário trabalha em pesquisa de potencial vacina da Covid-19 desenvolvida pela CureVac em Tuebingen, na Alemanha 12/03/2020 (Foto: REUTERS/Andreas Gebert)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Sputnik - Após a discussão sobre a gravidade da pandemia da COVID-19, que chegou a ser classificada como "gripezinha" pelo presidente Jair Bolsonaro, o Brasil pode enfrentar um novo obstáculo para o combate ao novo coronavírus mesmo com a chegada da vacina.

Nos últimos dois meses, a onda de fake news sobre a vacina cresceu 383%, segundo monitoramento da União Pró-Vacina. O Brasil já vinha enfrentando na pandemia resistência à vacinação, o que gerou o ressurgimento do sarampo no país.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

A médica e fundadora do Instituto Saúde e Sustentabilidade, Evangelina Vormittag, em entrevista à Sputnik Brasil, afirmou que a difusão de notícias falsas é um desserviço ao controle e vigilância da pandemia no país.

"Uma vez que a pessoa é vacinada, ela cria anticorpos e aí vão ocorrer dois benefícios consequentemente: primeiro é a pessoa não se infectar, não ter doença pelo vírus, não correr o risco de ter uma doença grave, e mesmo a morte. Então é um benefício próprio. E o segundo é o benefício coletivo, que uma vez que ela tiver anticorpos ela não disseminará o vírus, então com isso não haverá contagiosidade, a transmissão vai diminuir", disse.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

De acordo com ela, a diminuição da transmissibilidade para um índice menor do que 1 representa uma epidemia controlada da doença, podendo levar à própria erradicação da doença.

A especialista expressou preocupação com a possibilidade das fake news influenciarem no processo de vacinação do país.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

"Como já mostrou uma pesquisa, que 9% não pretende se vacinar contra o coronavírus. O que acontece se ela não se vacina? Primeiro, ela pode adquirir o vírus. Se ela adquirir o vírus ela pode ficar doente. Mas independente do que acontece com a pessoa que opta por não tomar a vacina, além do prejuízo próprio que ela pode ter, ela também prejudicará a coletividade", observou. Segundo a médica, a população precisa "confiar em informações idôneas e confiáveis, principalmente com profissionais de saúde, e com organizações e entidades de saúde, como, por exemplo, o Ministério da Saúde, as secretarias da Saúde, a Organização Mundial de Saúde".

Ao comentar o papel do Ministério da Saúde neste processo, Evangelina Vormittag disse que a pasta deve "preparar a população para a vacinação contra a COVID-19 com muita informação, informação clara e acessível à população através de campanha, boletins informativos".

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

"Eu acho que é muito importante o empenho do Ministério da Saúde para esclarecer à população sobre a vacinação, a orientação de como adquiri-la, e também no combate às fake news", completou.

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247,apoie por Pix,inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO