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Saúde

Por que não escutamos pessoas próximas?

Pesquisas comprovam que as pessoas costumam não escutar o que recomendam amigos e familiares

(Foto: Reprodução)
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Por Nicola Ferreira, da Agência Einstein - Você costuma ouvir as pessoas mais próximas? Se sim, saiba que você é um dos poucos que fazem isso. Pesquisas comprovam que as pessoas costumam não escutar o que recomendam amigos e familiares. Um dos estudos, feitos por pesquisadores da Universidade de Harvard e que contou com a participação de duas mil pessoas, descobriu que os indivíduos tendem a contar seus principais problemas para pessoas com quem mantém relações menos próximas ou até desconhecidos. Em muitos casos, os participantes afirmaram que agem deste modo por medo de serem julgadas e de o problema tomar uma proporção exagerada.

“Não considerar o que pessoas próximas nos dizem pode estar relacionado com percepções e julgamentos sobre a motivação daquela pessoa em tomar uma ou outra posição”, afirma a coordenadora do Serviço de Psicologia do Hospital Israelita Albert Einstein, Ana Lucia Martins. Uma das razões que podem explicar o desinteresse é o fato de as pessoas acharem que sabem o que o outro vai falar e, por isso, preferem se calar. Outros fatores são o receio da resposta e saber o que a pessoa faria no seu lugar.

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O papel da solidão

Problema frequente na sociedade, a solidão está intrinsecamente relacionada ao fato de não ouvirmos pessoas que estão no nosso dia a dia. Ao ficarmos afastados, criamos um bloqueio contra qualquer ajuda ou opinião, independentemente do grau de familiaridade da pessoa.

Uma pesquisa feita por uma empresa de seguros de saúde americana, que contou com a participação de 20 mil voluntários, apontou que aproximadamente metade dos participantes já se sentiu ou se sente sozinha. Ou seja, quase 10 mil pessoas não tiveram um momento de interação afetiva verdadeira com alguém. Outro dado alarmante é que 20% dos participantes nunca se sentiram próximos de alguém ou acreditam que não existe ninguém com quem possam conversar. “Para muitas pessoas é mais fácil se isolar, já que elas se sentem mais seguras”, afirma a psicóloga Karen Priscila Szupszynski da Sociedade Brasileira de Psicologia. É preciso ficar atento à intensidade do isolamento. Como demonstram as evidências, em geral as pessoas preferem não se expor aos mais próximos. Mas ficar cada vez mais longe de seus grupos sociais mais íntimos pode também ser sintoma de doenças como depressão e ansiedade social. Nestes casos, o importante é procurar ajuda médica rapidamente.

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