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Saúde

Suplementos para câncer e coração causam efeito inverso, afirma ONG americana

Relatório da The United States Preventive Services Task Force não encontrou benefícios do consumo de vitaminas e minerais na prevenção de problemas cardíacos e tumores

(Foto: Divulgação)
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Trendsbr - A ONG The United States Preventive Services Task Force (Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos Estados Unidos) divulgou na última terça (4/5) um relatório mostrando que vitaminas e suplementos destinados à prevenção de problemas cardíacos e câncer, na verdade, aumentam o risco dessas doenças.

Foram avaliados suplementos de betacaroteno, vitaminas A, B3 e B6, C, D (com ou sem cálcio), E, polivitamínicos, cálcio, ácido fólico (com ou sem vitamina B12) e selênio.

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A força-tarefa, que é formada por 16 especialistas voluntários, deu à maioria dos suplementos uma nota “I” (de evidências insuficientes) em termos de prevenção de câncer e doenças cardiovasculares. Citando estudos científicos, o grupo recomenda que as pessoas não consumam suplementos de betacaroteno (que dá cor a frutas e legumes).

“As evidências mostram que o betacaroteno pode ser prejudicial porque aumenta o risco de câncer de pulmão em pessoas que já estão em risco, como aqueles que fumam, e também aumenta o risco de morrer de doenças cardíacas ou derrame”, afirma John Wong, do Centro Médico Tufts, em Boston (EUA), citado pelo site americano de nutrição Eat This, Not That!

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Mais estudos são necessários

O relatório que se baseou em 78 estudos mostra que nenhum suplemento teve efeito significativo para a saúde do sistema cardiovascular. Os dados sobre a suplementação de vitamina D e mortalidade por câncer eram inconsistentes.

Ainda assim, os pesquisadores da Força-Tarefa de Serviços Preventivos afirmam que novos estudos são necessários.

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“Mais evidências são necessárias para entender se há efeito da diferença entre populações específicas, ou se o nível básico dos nutrientes altera os efeitos da suplementação de vitaminas, minerais e polivitamínicos nas doenças cardiovasculares e desfechos de câncer, especialmente em pessoas sem deficiências conhecidas e baixa prevalência de uso de suplementos”, escrevem os autores, citados pelo site especializado.

Com base nas evidências mais recentes, o grupo não recomenda a avaliação de rotina de deficiência de vitamina D em adultos assintomáticos. Mas sugere que as mulheres que estão planejando ter filhos tomem suplementos de ácido fólico – a insuficiência desse nutriente durante a gravidez pode causar defeitos congênitos graves na medula espinhal e no cérebro do bebê.

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Estudos recentes com conclusões parecidas

O relatório recém-divulgado pela força-tarefa dos EUA segue a mesma lógica de uma pesquisa de 2013 realizada pela Universidade Johns Hopkins, em Baltimore (EUA).

Cientistas avaliaram estudos envolvendo 450.000 pessoas e determinaram que polivitamínicos não reduzem o risco de doenças cardíacas; câncer; declínio cognitivo; morte após um ataque cardíaco ou derrame; e morte prematura.

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No artigo, o conselho dos pesquisadores é para os consumidores não desperdiçarem dinheiro com suplementos de vitaminas e obter os nutrientes por meio dos alimentos.

“Os comprimidos não são um atalho para uma saúde melhor e a prevenção de doenças crônicas. Recomendações nutricionais têm evidências muito mais fortes de benefícios da dieta saudável na manutenção do peso e redução da quantidade de gordura saturada, trans, sódio e açúcar”, disse o pesquisador Larry Appel, da Universidade Johns Hopkins, na época, citado pelo Eat This, Not That!

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Esse estudo também recomendou a ingestão de ácido fólico por mulheres grávidas ou que desejam engravidar.

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