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Saúde

Vacina contra Covid-19 pode provocar câncer e HIV? Cuidado com as notícias falsas

Dúvidas sobre vacinação e uso de máscaras são alguns dos principais alvos das mentiras propagadas durante a pandemia

(Foto: REUTERS/Charles Platiau)
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Por Nicola Ferreira, da Agência Einstein - Além do aumento de casos e de mortes, a segunda onda da Covid-19 possibilitou o ressurgimento de inúmeras fake news sobre a doença. Uma delas foi feita pelo deputado federal Daniel Silveira, que, ao ser questionado do porquê não usava máscara dentro do avião, justificou ter uma dispensa médica para isso e que “a máscara não funciona em nada (contra o coronavírus)”.

Críticos da máscara defendem sua posição utilizando diversos argumentos. Um deles é que o acessório restringe a circulação de oxigênio necessária para a respiração, o que poderia levar a uma “intoxicação” por dióxido de carbono, enfraquecendo o sistema imunológico. Contudo, pesquisadores da Universidade de MacMaster, no Canadá, indicaram que o uso da proteção facial não atrapalha na respiração.

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Para chegar nessa resposta, os estudiosos pediram que 25 pessoas, com idade média de 77 anos, utilizassem um oxímetro (dispositivo que permite identificar a quantidade de oxigênio no sangue do paciente) e analisaram dados desses participantes antes, durante e depois do uso da máscara. Nesse período, os investigados continuaram a exercer sua rotina diária e mediam os seus níveis de oxigênio uma hora antes de usar a máscara, durante o uso por mais de uma hora e após 60 minutos depois de tirá-la.

Ao coletar os números, os pesquisadores notaram que a saturação (porcentagem de oxigênio que está sendo transportado) era, em média, de 96,1% antes do uso, e aumentou, respectivamente, para 96,5% e 96,3%, durante e depois do uso. Os dados sobre a saturação são considerados saudáveis a partir de 89%.

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Vacinação também leva a diversas fake news

Com o aumento do movimento antivacina e com as discussões sobre o período de vacinação, esse tema se tornou um dos favoritos para os disseminadores de boatos. No entanto, números de antes da pandemia já mostravam que notícias sobre a imunização por meio da vacinação já sofria com os males das fake news. De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações, que fez o estudo no final do ano passado, 67% dos brasileiros já acreditaram em alguma fake news sobre vacina.

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Uma das notícias falsas mais antigas é que as vacinas causam autismo. Essa mentira surgiu após um estudo associar a Tríplice Viral com aumento nos casos da doença. Pouco tempo depois de sua publicação, estudiosos comprovaram que não existia essa relação e cassaram a licença do pesquisador responsável pela publicação.

Com a chegada da vacina, novas fake news estão sendo não apenas replicadas por influenciadores e mensagens de redes sociais. Conheça algumas:

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Vacina da SinoVac pode provocar câncer e transmitir o HIV

No vídeo, o autor da afirmação, um pastor cearense chamado Davi Goes, afirma que a vacina modificará o DNA do vacinado e levará ao desenvolvimento de câncer. Outro apontamento do pastor foi que ele ouviu dizer de um cientista francês, que a vacina está contaminada com vírus HIV.  

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Essa mentira surgiu porque algumas vacinas (como é o caso da de Oxford e a Sputnik) utilizam o adenovírus, vetor viral que já foi utilizada em pesquisas para desenvolvimento de uma vacina contra o HIV. Mas, de acordo com pesquisadores de várias partes do mundo, não há nenhum sinal do vírus causador da Aids nas vacinas que utilizam o adenovírus.

Já as modificações no nosso DNA são impossíveis já que essas vacinas não são inseridas diretamente no DNA e, consequentemente, não o modificam

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Vacina pode me infectar com o coronavírus

Pessoas que compõem movimentos antivacina afirmam que tomando a vacina, você será contaminado pela doença. 

Além de nenhuma das postulantes a vacinas terem o agente viral em sua fórmula. Controlada e fiscalizada por diversas agências reguladoras, como a ANVISA, a vacina dificilmente chegaria ao público mostrando fragilidades como infecção pelo agente viral.

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