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Saúde

Vacina contra gripe não aumenta risco de contágio ou agravamento da Covid-19

Pesquisa do centro médico Cleveland Clinic, nos Estados Unidos, analisou mais de 13 mil pacientes testados para Covid-19 entre o início de março e meados de abril deste ano

Vacina (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)
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Por Frederico Cursino, da Agência Einstein - Pesquisadores do Centro Médico Acadêmico Cleveland Clinic, nos Estados Unidos, encontraram provas de que a vacina contra o Influenza (responsável pela gripe) não aumenta o risco de contágio pelo novo coronavírus. O estudo – publicado pelo periódico científico Journal of Clinical and Translational Science – revelou ainda que a vacina não tem qualquer relação com a piora na morbidade nem com a mortalidade de pacientes da Covid-19.   

A pesquisa analisou mais de 13 mil pacientes testados para Covid-19 entre o início de março e meados de abril deste ano. Destes, 4.138 haviam recebido vacinas contra a gripe sem adjuvante (substâncias capazes de aumentar a resposta imune específica) no outono ou inverno de 2019, enquanto o restante (9.082) não havia sido vacinado.

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A comparação entre os grupos revelou que a vacinação contra o Influenza não foi associada ao aumento da incidência de Covid-19 nem à gravidade da doença, incluindo riscos de hospitalização, internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ou mortalidade. Os principais fatores de agravamento, segundo os autores, estiveram ligados à idade e às condições crônicas dos pacientes, que elevam o risco de acometimento por doenças graves e complicações pelo novo coronavírus.

Para os pesquisadores, os resultados reforçam que a imunização ativa contra a gripe continua sendo a intervenção mais importante para manter o controle nos períodos de pico da doença (normalmente, nas estações de outono e inverno). 

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“As descobertas indicam que devemos proceder, como de costume, com a estratégia de vacinação global contra a gripe”, afirma o pneumologista Joe Zein, que liderou os estudos. “Tomar a vacina anual contra a doença continua sendo a melhor proteção tanto para o indivíduo quanto para as pessoas ao redor.” 

Vacinados tiveram menos testes positivos

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Uma curiosidade foi que, durante os ensaios, os pesquisadores constataram que indivíduos vacinados se mostraram menos propensos a testar positivo para a Covid-19. A equipe, no entanto, entende que a informação deve ser vista com prudência, uma vez que ela pode ser um resultado do próprio processo de seleção dos participantes.

"Acreditamos que esse achado possa ser causado pelo viés de seleção. Os idosos que normalmente são vacinados contra a gripe, também são os mesmos que ficam em casa (por serem considerados vulneráveis). Portanto, eles têm menos probabilidade de serem expostos de serem infectados", pondera Zein, em entrevista à Agência Einstein.

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 Fake News falavam em riscos

Em abril deste, quando o início das campanhas de vacinação contra a gripe coincidiu com o aumento de casos de Covid-19 no Brasil, fake news circularam afirmando que a vacina poderia agravar o estado de pacientes que contraíssem o novo coronavírus. 

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O boato teve como base um estudo feito em 2017 pela Armed Forces Health Surveillance Branch, ligada ao Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Na ocasião, o estudo de autoria de Greg Wolff havia sugerido que a vacinação contra o Influenza poderia aumentar o risco de contrair outros vírus respiratórios, um fenômeno conhecido como "interferência viral". 

No entanto, os próprios pesquisadores esclareceram que o estudo – datado de um período anterior à descoberta do SARS-CoV-2 – tratava apenas de coronavírus sazonais, sem potencial para uma propagação endêmica e que impactariam crianças e adultos sem complicações graves à saúde. ​

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