247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concedeu perdão total a Changpeng Zhao, cofundador da Binance, em um gesto que sinaliza a intenção da Casa Branca de estreitar ainda mais seus laços com o setor de criptomoedas.
A informação foi divulgada pela Bloomberg News, que destacou o impacto imediato da medida: o token BNB, vinculado à Binance, registrou alta após o anúncio oficial do perdão presidencial.
Trump afirmou que Zhao foi “perseguido” pela administração anterior e justificou sua decisão dizendo que “muitas pessoas muito boas” o procuraram em defesa do empresário. “Muita gente diz que ele não era culpado de nada”, declarou o presidente. “Concedi o perdão a pedido de várias pessoas muito boas”, completou.
Zhao, conhecido como CZ, fundou a Binance em 2017, transformando-a na maior plataforma de negociação de criptomoedas do mundo. Em 2023, ele se declarou culpado por falhas em medidas de combate à lavagem de dinheiro e cumpriu quatro meses de prisão, além de pagar uma multa de US$ 4,3 bilhões em um acordo com o governo dos EUA.
Após a libertação, Zhao agradeceu o gesto presidencial: “Profundamente grato pelo perdão de hoje e ao presidente Trump por defender o compromisso dos Estados Unidos com a justiça, a inovação e a equidade”, escreveu em sua conta na rede X. Ele acrescentou que pretende “fazer tudo o que for possível para tornar os Estados Unidos a capital das criptomoedas”.
O perdão de Zhao segue outras decisões semelhantes do governo Trump, como as concessões de clemência a Ross Ulbricht, criador da Silk Road, e aos fundadores da corretora BitMEX. As medidas reforçam o alinhamento do governo norte-americano com o setor cripto e a intenção de reduzir as restrições e investigações federais contra empresas do segmento.
De acordo com a Bloomberg, a relação entre o clã Trump e a Binance se estreitou por meio da World Liberty Financial Inc., uma das empresas da família envolvidas em projetos de ativos digitais. A Binance teria desenvolvido o código do stablecoin USD1, usado em uma transação de US$ 2 bilhões que envolveu investidores dos Emirados Árabes Unidos.
O Departamento de Justiça havia acusado Zhao e sua empresa de permitir transações ligadas a grupos sancionados pelos EUA, incluindo o braço militar do Hamas e usuários iranianos. Mesmo assim, o magnata manteve sua participação majoritária na Binance, cuja valorização aumentou após a vitória eleitoral de Trump. Segundo o Bloomberg Billionaires Index, Zhao possui atualmente uma fortuna estimada em US$ 54,5 bilhões.
A Casa Branca afirmou que o perdão passou por “revisão completa” dos assessores jurídicos. A decisão, no entanto, reacendeu críticas sobre os laços financeiros entre o governo e o setor de criptomoedas, bem como sobre os possíveis conflitos de interesse envolvendo projetos empresariais da família presidencial.

Luis Mauro Filho

Changpeng Zhao, fundador e CEO da Binance, participa da conferência Viva Technology dedicada à inovação e startups no centro de exposições Porte de Versailles, em Paris, França, em 16 de junho de 2022

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Negócios

Trump concede perdão a fundador da Binance, Changpeng Zhao

247 – O Bitcoin, principal criptomoeda do mercado, ultrapassou a marca de US$ 109.500 na manhã desta segunda-feira (20), conforme dados divulgados pela plataforma Binance. A informação foi originalmente publicada pela agência de notícias russa TASS, que acompanha a variação de preços em tempo real.
De acordo com as apurações, por volta das 9h56 em Moscou (6h56 GMT), o Bitcoin apresentava uma alta de 3,63%, chegando a US$ 109.588. Pouco depois, às 10h13 em Moscou (7h13 GMT), a criptomoeda reduziu parte dos ganhos, sendo cotada a US$ 108.973 — ainda assim, em patamar acima do recorde anterior, de US$ 108.353, registrado em 17 de dezembro de 2024.
Analistas apontam que o novo patamar reforça o interesse crescente de investidores institucionais e de varejo, numa tendência de busca por ativos digitais como forma de proteção e diversificação de portfólio. O Bitcoin, criado em 2008 sob o pseudônimo de Satoshi Nakamoto, é uma moeda digital descentralizada, sem um banco central ou administradora centralizada, que permite transações diretas entre usuários por meio de uma rede ponto a ponto (peer-to-peer).
A alta do Bitcoin também eleva as discussões sobre as possibilidades de regulamentação, bem como sobre a volatilidade inerente ao mercado de criptomoedas. Especialistas destacam que oscilações bruscas, sejam para cima ou para baixo, fazem parte do dia a dia de ativos digitais, mas não deixam de surpreender, dada a velocidade com que novos picos de preço podem ser atingidos.

Redação Brasil 247

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Bitcoin bate novo recorde histórico e ultrapassa US$ 109 mil

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