<p><b>247 - </b>A indústria brasileira de defesa consolidou um dos seus períodos mais dinâmicos desde o início da retomada produtiva em 2023. Segundo dados do Ministério da Defesa, o setor registrou US$ 3,1 bilhões em autorizações para exportações em 2025, alcançando o maior volume da série histórica. O valor &nbsp;representa alta de 74% em relação a 2024 e mais que o dobro do montante registrado em 2023. Somando o período de 2023 a 2025, o avanço chega a cerca de 114%, indicando aceleração consistente nas vendas externas.</p>
<h2>Recorde histórico impulsiona expansão da indústria</h2>
<p>Os principais compradores de produtos e serviços brasileiros de defesa incluem Alemanha, Bulgária, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos da América e Portugal. Hoje, a Base Industrial de Defesa (BID) alcança aproximadamente 140 países, reunindo cerca de 80 empresas exportadoras em segmentos como aeronaves, blindados, embarcações, munições, armamentos, soluções cibernéticas e sistemas de comunicação seguros.</p>
<p>Essencial para a soberania do país, o setor responde por 3,49% do PIB e gera quase 3 milhões de empregos diretos e indiretos, consolidando-se como uma das cadeias industriais estratégicas da economia nacional.</p>
<p>O Secretário de Produtos de Defesa, Heraldo Luiz Rodrigues, avalia que o diálogo permanente entre governo e indústria tem sido decisivo para o avanço recente. “O Ministério da Defesa trabalha diretamente ligado para auxiliar a nossa base industrial de defesa a ter condições de produzir equipamentos, munições, enfim, uma gama variada de produtos para atender às forças armadas brasileiras e, com isso, torná-las as capazes de ter produtos com competitividade para a venda no mundo como um todo. O Ministério da Defesa utiliza a Seprod como instrumento para ter esse relacionamento com a nossa indústria de defesa, para que ela continue crescendo, se mantendo em alto grau de tecnologia e continue aumentando suas vendas para o mundo”, afirmou.</p>
<h2>BID amplia presença internacional e diversifica produtos</h2>
<p>A expansão do setor é resultado de ações coordenadas entre o Ministério da Defesa, órgãos governamentais, agências de investimento, bancos públicos, empresas, entidades de classe e representantes do corpo diplomático. A Secretaria de Produtos de Defesa (Seprod) lidera essa articulação, estruturada em quatro departamentos responsáveis por promoção comercial, regulação, financiamentos e inovação tecnológica.</p>
<p>O Departamento de Promoção Comercial (Depcom) participou de feiras internacionais e eventos bilaterais ao longo de 2025, além de organizar o Brazilian Defense Day, que reuniu representantes de 50 países e 47 empresas em Brasília. Essas iniciativas ampliaram oportunidades de negócios e resultaram em novos contratos internacionais.</p>
<h2>Ações do Ministério da Defesa fortalecem o setor</h2>
<p>O Departamento de Produtos de Defesa (Deprod) atua na regulação e na classificação de empresas e produtos. Em 2025, o órgão credenciou 62 novas empresas e classificou 417 produtos, totalizando 307 empresas e 2.219 itens certificados. Visitas técnicas periódicas garantem a qualidade e a segurança das soluções oferecidas pela BID.</p>
<p>Já o Departamento de Financiamentos e Economia de Defesa (Depfin) firmou acordo com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) para ampliar a presença do setor nas exportações e incentivar a nacionalização de bens e serviços.</p>
<h2>Avanços regulatórios e tecnológicos aceleram o crescimento</h2>
<p>O Departamento de Ciência, Tecnologia e Inovação (Decti) atua para transformar pesquisa acadêmica em soluções competitivas. Nos últimos cinco anos, 140 projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação foram incorporados à carteira da Defesa, somando R$ 700 milhões em investimentos. Além disso, 34 iniciativas receberam subvenções de Finep e CNPq, que totalizam R$ 1,1 bilhão.</p>
<p>Em 2025, o Decti promoveu dois seminários de integração que reuniram governo, academia e indústria para fortalecer parcerias e compartilhar experiências, reforçando a busca por autonomia tecnológica.</p>

Paulo Emilio

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Indústria brasileira de defesa cresce 114% em dois anos e registra exportação recorde

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