247 - A Âmbar Energia, braço de geração elétrica do grupo J&amp;F Investimentos, anunciou a compra de uma usina termelétrica pertencente ao grupo GNPW, movimento que eleva sua capacidade instalada total para mais de 6,5 gigawatts (GW). A informação foi divulgada pelo Brazil Stock Guide, que destacou a operação como um marco na consolidação da empresa entre as principais geradoras térmicas do país — um segmento atualmente liderado por Petrobras (B3: PETR4) e Eneva S.A. (B3: ENEV3).
De acordo com a publicação, a aquisição integra uma estratégia mais ampla de expansão da Âmbar, voltada à diversificação do portfólio e ao fortalecimento de sua presença na geração de base. Nos últimos dois anos, a companhia tem intensificado sua atuação em fusões e aquisições (M&amp;A), aproveitando o cenário de escassez no mercado de energia e a crescente necessidade de fontes firmes para complementar a oferta das renováveis.
O presidente da Âmbar, Marcelo Zanatta, afirmou que a empresa continuará atenta a novas oportunidades de crescimento. “Seguimos uma estratégia guiada pela segurança energética e pela necessidade de atender à crescente demanda de eletricidade no Brasil”, declarou. Segundo ele, o grupo mantém uma política de expansão disciplinada, “buscando equilibrar crescimento e confiabilidade no fornecimento”.
Embora os valores da transação não tenham sido divulgados, o negócio está alinhado ao plano da holding J&amp;F — controlada pela família Batista — de ampliar sua presença em infraestrutura e ativos de energia. Nos últimos anos, a empresa vem aumentando sua exposição à transição energética, com investimentos em gás, fontes renováveis e geração distribuída.
A operação reforça a tendência de consolidação no setor termelétrico brasileiro, em meio a um cenário de demanda crescente e oferta intermitente de hidrelétricas e fontes renováveis. Com a nova aquisição, a Âmbar se aproxima de gigantes como Petrobras e Eneva em capacidade instalada, intensificando a competição entre os grandes players do setor.

Luis Mauro Filho

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Negócios

Âmbar amplia portfólio termelétrico e ultrapassa 6,5 GW

247 - A ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou que o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) julgue a reclamação apresentada pela J&amp;F Investimentos, que pede a nulidade de uma sentença de 1ª instância, proferida enquanto o processo sobre a venda da Eldorado Brasil Celulose estava suspenso pelo próprio tribunal. A decisão foi proferida na última segunda-feira (28).
A J&amp;F pedia ao TJ-SP que anulasse a sentença da juíza Renata Mota Maciel, que decidiu manter o resultado da arbitragem vencida pela Paper Excellence pelas ações da Eldorado e determinou o pagamento de R$ 600 milhões em honorários aos advogados da empresa indonésia. A alegação da J&amp;F é que a juíza proferiu a sentença mesmo depois de ter sido oficiada da suspensão do processo pelo Grupo Especial da Seção de Direito Privado do TJ-SP, em desobediência a decisão de instância superior.
O Grupo Especial extinguiu a reclamação contra a sentença de primeira instância sem julgar o seu mérito, alegando que a J&amp;F já havia apresentado também uma apelação de mérito contra a mesma sentença.
A decisão de Nancy Andrighi afastou esse entendimento: “Conheço do recurso especial, para dar-lhe parcial provimento, nos termos da Súmula nº 568/STJ, para determinar que o Grupo Especial da Seção do Direito Privado do TJ/SP aplique o entendimento consolidado de que a apresentação de reclamação concomitante com a interposição de apelação contra a sentença reclamada não impede o conhecimento da reclamação, isto é, não enseja sua extinção sem resolução do mérito”.&nbsp;
Com isso, o Grupo Especial do TJ-SP deverá julgar a nulidade da sentença de primeira instância. A juíza Renata Mota Maciel proferiu sua sentença na noite de seu último dia na vara responsável pelo julgamento, imediatamente após voltar de férias, sem atender a uma decisão do órgão superior do TJ, que havia suspendido a tramitação de todas as ações relativas ao caso Eldorado enquanto não fosse julgado um conflito de competência para definir qual seria o desembargador relator da disputa na segunda instância.

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