<p>247 - Líderes do centrão na Câmara dos Deputados passaram a defender que a cassação do mandato do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) seja formalizada por meio de um ato da Mesa Diretora da Casa. A proposta surge como alternativa a uma nova votação em plenário e busca reduzir o impacto político de mais um processo de perda de mandato envolvendo parlamentares condenados. Segundo o<a href="https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2025/12/16/centrao-recomenda-cassacao-de-ramagem-por-ato-da-mesa-da-camara.htm"> UOL</a>, a articulação ganhou força após o plenário da Câmara rejeitar a cassação da deputada bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP), episódio que gerou desgaste interno e críticas à condução do tema pelo Legislativo.</p>
<h2>Articulação após decisão sobre Carla Zambelli</h2>
<p>A rejeição da perda de mandato de Zambelli levou lideranças partidárias a reavaliar a condução de casos semelhantes. No entendimento de integrantes do centrão, a decisão administrativa da Mesa Diretora poderia evitar um novo embate público no plenário, além de acelerar a definição sobre a situação de Ramagem, que está condenado e foragido.</p>
<p>Inicialmente, a expectativa era de que o caso fosse submetido aos deputados em votação aberta. No entanto, o cenário político após a decisão envolvendo Zambelli alterou a estratégia de parte das lideranças.</p>
<h2>Mudança de posição da presidência da Câmara</h2>
<p>O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), havia manifestado a intenção de levar a cassação de Ramagem ao plenário. Posteriormente, porém, mudou de posição e afirmou que ouviria os líderes partidários antes de definir o encaminhamento do processo. A sinalização abriu espaço para a defesa de um desfecho por meio da Mesa Diretora, considerada por aliados uma solução menos conflituosa e mais objetiva diante do contexto recente.</p>
<h2>Prazo de defesa e próximos passos</h2>
<p>O prazo para que Alexandre Ramagem apresente sua defesa contra a perda de mandato se encerra nesta quarta-feira (17), às 23h59. De acordo com o primeiro-secretário da Mesa Diretora, Carlos Vera (PT-PE), caso a presidência opte por uma decisão colegiada, os parlamentares ainda poderão se manifestar até quinta-feira (18).</p>
<p>Até o momento, não houve comunicação oficial aos deputados sobre qual será o encaminhamento adotado pela Mesa ou pela presidência da Câmara, mantendo em aberto o desfecho do processo envolvendo o mandato de Ramagem.</p>

Paulo Emilio

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Poder

Centrão defende cassação de Ramagem por ato da Mesa Diretora da Câmara

<p><b>247 - </b>O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou que levará à votação, nesta quarta-feira (22), o projeto de resolução que cria a bancada cristã na Casa. A iniciativa propõe uma nova liderança com direito a voto no colégio de líderes, instância que define as pautas de votação e as negociações políticas do plenário.</p>
<p>O projeto, segundo o jornal <a href="https://oglobo.globo.com/politica/noticia/2025/10/22/sob-pressao-na-camara-motta-anuncia-votacao-para-criar-cargo-de-lider-da-bancada-crista.ghtml">O Globo</a>, é articulado por Gilberto Nascimento (PSD-SP), presidente da Frente Parlamentar Evangélica, e Gastão Vieira (PSD-MA), líder do grupo católico, e busca consolidar uma representação institucional conjunta para os dois segmentos.</p>
<p>“Hoje é um dia de muita alegria. Acabo de receber, das mãos do Gilberto e do Gastão, um requerimento de urgência que cria a bancada cristã na Casa, demonstrando que as frentes evangélica e católica têm interesse de caminhar conjuntamente em muitas pautas que são de interesse da população brasileira”, afirmou Motta.</p>
<h2>Nova liderança com direito a voto</h2>
<p>Caso o projeto seja aprovado, a bancada cristã passará a ter um assento no colégio de líderes — ampliando de 20 para 21 o número de vagas. A posição garante ao seu líder o direito de votar nas reuniões que definem a pauta do plenário, negociar tempo de fala, participar de acordos de procedimento e ter acesso direto à Mesa Diretora.</p>
<p>Além disso, a nova liderança poderá indicar representantes em comissões e participar das rodadas de negociação com o governo federal e as demais bancadas partidárias. Inicialmente, o deputado Gilberto Nascimento deve ocupar a cadeira, que será alternada anualmente entre as frentes evangélica e católica.</p>
<h2>Força política ampliada</h2>
<p>A frente evangélica reúne hoje mais de 200 parlamentares, e a expectativa é que a nova liderança represente cerca de 300 deputados que se identificam com pautas religiosas, mesmo sem vínculos formais com igrejas. A criação da bancada cristã tem apoio da ala conservadora da Câmara e é vista como um passo para fortalecer a influência de grupos religiosos nas decisões legislativas.</p>
<p>A proposta vinha sendo discutida desde a presidência de Arthur Lira (PP-AL), mas ganhou impulso sob o comando de Hugo Motta, que busca aproximar-se de segmentos cristãos e consolidar uma base de apoio estável. O movimento ocorre em meio a debates sensíveis, como a regulação das redes sociais, a política de drogas e os vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao novo marco de licenciamento ambiental.</p>
<h2>Culto ecumênico e apelo por anistia</h2>
<p>Na manhã desta quarta-feira, os parlamentares que integram a futura bancada cristã participaram de um culto ecumênico no anexo da Câmara. O evento contou com a presença de Hugo Motta e sua esposa, Luana Medeiros. Durante a cerimônia, o deputado Marcelo Crivella (Republicanos-RJ) cantou uma música pedindo anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, cujo acórdão foi publicado nesta mesma data pelo Supremo Tribunal Federal (STF).</p>
<p>Na canção, Crivella afirmou que a anistia é “a justiça mais ampla” e que “o batom na estátua não apaga a esperança”, em referência a Débora do Batom, condenada a 14 anos de prisão por pichar a estátua da Justiça durante os ataques às sedes dos Três Poderes.</p>
<p>Apesar da mobilização de parte dos parlamentares, a pauta sobre redução de penas perdeu força nas últimas semanas. Questionado na noite anterior sobre o andamento do projeto, Motta declarou que “não havia novidades”.</p>

Brasília

Sob pressão, Motta anuncia votação para criar liderança da bancada cristã na Câmara

<p><b>247</b> - A Câmara dos Deputados elegeu, neste sábado (1º), os integrantes da Mesa Diretora que comandarão os trabalhos legislativos pelos próximos dois anos. A distribuição dos cargos entre os partidos foi definida após um acordo entre as siglas que apoiaram Hugo Motta (Republicanos-PB), eleito presidente da Casa com 444 votos. O PL, partido de oposição ao governo, conseguiu ampliar seu espaço e garantiu a 1ª vice-presidência.</p>
<p>A composição da Mesa Diretora foi fechada ainda antes da votação, durante reunião do colégio de líderes, presidida pelo então presidente Arthur Lira (PP-AL). Um dos pontos de maior disputa foi a divisão das secretarias, principalmente a 2ª, 3ª e 4ª, que tiveram negociações acirradas entre PSD e MDB.</p>
<p>O acordo entre as bancadas resultou em uma ascensão do PL na estrutura da Mesa. O partido, que anteriormente ocupava a 2ª vice-presidência, agora assume a 1ª vice-presidência, com o deputado Altineu Côrtes (PL-RJ). O PT também avançou e passou da 2ª secretaria para a 1ª, com o deputado Carlos Veras (PT-PE). A articulação dessas cadeiras foi uma das condições para garantir apoio a Motta.</p>
<p>Na véspera da votação, o PP abriu mão da 2ª vice-presidência para o União Brasil, que indicou o deputado Elmar Nascimento (União Brasil-BA). Inicialmente, Nascimento pretendia concorrer à presidência da Câmara, mas acabou preterido e não recebeu apoio de Arthur Lira, o que resultou na sua entrada na Mesa Diretora como 2º vice-presidente.</p>
<p>Composição da nova Mesa Diretora:</p>
<ul>
  <li>1º vice-presidente: Altineu Côrtes (PL-RJ) - 440 votos</li>
  <li>2º vice-presidente: Elmar Nascimento (União Brasil-BA) - 427 votos</li>
  <li>1º secretário: Carlos Veras (PT-PE) - 427 votos</li>
  <li>2ª secretária: Lula da Fonte (PP-PE) - 437 votos</li>
  <li>3º secretário: Delegada Katarina (PSD-SE) - 445 votos</li>
  <li>4º secretário: Sérgio Souza (MDB-PR) - 432 votos</li>
</ul>
<p>Após a definição da Mesa, foi realizada a eleição dos suplentes, cargos que também passaram por negociação entre as lideranças. O PT cedeu uma vaga ao PSB, conforme anunciado por Lira.</p>
<p>Suplentes eleitos:</p>
<ul>
  <li>1º suplente: Antônio Carlos Rodrigues (PL-SP) - 395 votos</li>
  <li>2º suplente: Paulo Folletto (PSB-ES) - 389 votos</li>
  <li>3º suplente: Dr. Victor Linhares (Podemos-ES) - 388 votos</li>
  <li>4º suplente: Paulo Alexandre Barbosa (PSDB-SP) - 371 votos</li>
</ul>

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