<p><b>247 - </b>O príncipe William, herdeiro do trono britânico, estará presente na COP-30, que acontecerá em Belém, no Brasil, em novembro de 2025. O evento é uma das maiores cúpulas internacionais sobre mudanças climáticas, onde líderes globais discutirão medidas urgentes para enfrentar a crise ambiental. O príncipe representará seu pai, o rei Charles III, na conferência, enquanto a presença do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, ainda não foi confirmada. As informações são do jornal <a href="https://oglobo.globo.com/brasil/cop-30-amazonia/noticia/2025/10/10/principe-william-vai-participar-da-reuniao-de-lideres-da-cop-30-em-belem.ghtml">O Globo</a>.&nbsp;</p>
<h2>Príncipe William também participará do Earthshot Prize</h2>
<p>Além de sua agenda na COP-30, o príncipe William também estará no Rio de Janeiro para a cerimônia do Earthshot Prize, uma premiação que ele criou com o objetivo de incentivar soluções inovadoras para problemas ambientais globais. Este ano, o prêmio distribuirá um milhão de libras (aproximadamente R$ 7,35 milhões) para cinco projetos vencedores, todos voltados para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.</p>
<h2>Apoio e aceleração para soluções ambientais inovadoras</h2>
<p>O Earthshot Prize irá selecionar 15 projetos ambientais que se destacarão por suas soluções inovadoras. Esses projetos receberão um ano de aceleração, com apoio técnico, mentoria e acesso a uma rede internacional de investidores e especialistas em sustentabilidade. As categorias incluem ar, oceanos, resíduos, natureza e clima, com uma ênfase especial em iniciativas que tenham impacto positivo no meio ambiente.</p>

Paulo Emilio

Príncipe britânico William em Kirkwall, na Escócia
25/05/2021 Chris Jackson/Pool via REUTERS

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COP30

Príncipe William representará o Reino Unido na reunião de líderes da COP30

<p><b>247 - </b>O Fundo Florestas Tropicais para Sempre (Tropical Forests Forever Fund – TFFF), liderado pelo governo do Brasil, foi anunciado no sábado (4) como um dos finalistas do Prêmio Earthshot 2025, criado pelo príncipe William, do Reino Unido, para reconhecer soluções que contribuem para a restauração da natureza e o enfrentamento das mudanças climáticas.</p>
<p>O fundo brasileiro foi descrito como a iniciativa financeira mais ambiciosa da história voltada à conservação de florestas. O TFFF propõe um novo modelo global de financiamento, no qual as florestas em pé passam a ter valor econômico real, redefinindo as bases da economia verde e a forma como a proteção florestal é financiada.</p>
<h2>Fundo global de US$ 125 bilhões</h2>
<p>O mecanismo prevê a criação de um fundo internacional de US$ 125 bilhões — sendo US$ 25 bilhões de investimentos soberanos e US$ 100 bilhões de capital privado — para garantir renda permanente aos países tropicais em troca da preservação das florestas. A expectativa é de que o programa possa proteger mais de 1 bilhão de hectares em mais de 70 países, beneficiando comunidades locais e povos indígenas, que receberão ao menos 20% dos recursos.</p>
<p>O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou o papel do Brasil como líder da iniciativa e anunciou, em setembro, durante a Assembleia da ONU, o investimento inicial de US$ 1 bilhão no TFFF. “O Brasil vai liderar pelo exemplo e se tornar o primeiro país a se comprometer com investimento no fundo. Convido todos os parceiros presentes a apresentarem contribuições igualmente ambiciosas para que o TFFF possa entrar em operação na COP 30, em novembro, na Amazônia”, declarou Lula.</p>
<p>O presidente reforçou ainda o caráter histórico da proposta: “Em Belém, viveremos o momento da verdade para a nossa geração de líderes. As florestas tropicais são fundamentais para manter vivo o propósito de limitar o aquecimento global a 1,5°C. O TFFF não é caridade. É um investimento na humanidade e no planeta, contra a ameaça de devastação pelo caos climático”.</p>
<h2>Reconhecimento internacional</h2>
<p>O príncipe William, fundador e presidente do Prêmio Earthshot, elogiou os finalistas e destacou o papel inspirador das iniciativas selecionadas. “Ao chegarmos à metade da década Earthshot, estou verdadeiramente inspirado pelos finalistas deste ano, que incorporam o otimismo urgente que está no coração da nossa missão. Em apenas cinco anos, o prêmio mostrou que as respostas para os maiores desafios do planeta já existem e estão ao nosso alcance”, afirmou.</p>
<p>A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, ressaltou a importância simbólica e prática da indicação brasileira. “Precisamos estabelecer uma nova relação com as florestas tropicais e mudar significativamente a forma como elas são valorizadas. O TFFF trará os recursos necessários para preservá-las”, afirmou.</p>
<p>Ela destacou ainda que a escolha do fundo como finalista é um reconhecimento ao esforço coletivo do governo e dos ministérios envolvidos — Meio Ambiente e Mudança do Clima, Relações Exteriores, Fazenda e Povos Indígenas. “Ser finalista do Prêmio Earthshot, às vésperas da COP 30, é uma honra e ajudará a ampliar a conscientização global sobre essa iniciativa, contribuindo para atrair investidores públicos e privados. É uma oportunidade inédita de finalmente garantir que manter as florestas tropicais seja mais valorizado do que destruí-las”, completou.</p>
<h2>Modelo inovador de conservação</h2>
<p>O CEO do Prêmio Earthshot destacou o impacto transformador do fundo: “O TFFF oferece uma chance única em uma geração de virar o jogo — tornando as florestas vivas mais valiosas do que as mortas — e fornecer apoio crucial aos guardiões das florestas ao redor do mundo”.</p>
<p>O fundo foi desenhado em parceria com dez países — cinco florestais (Colômbia, Indonésia, Malásia, Gana e República Democrática do Congo) e cinco apoiadores (Noruega, Alemanha, Reino Unido, Emirados Árabes Unidos e França) — além de organizações da sociedade civil e representantes de povos indígenas.</p>
<p>Diferente de mecanismos tradicionais de doação, o TFFF baseia-se em investimentos aplicados em carteiras de ativos de longo prazo, administradas por gestores internacionais, com critérios rígidos de sustentabilidade que proíbem aportes em setores poluentes, como carvão, petróleo e gás.</p>
<p>Os rendimentos dos investimentos serão distribuídos entre países tropicais que mantiverem o desmatamento abaixo da média global, podendo representar mais do que o dobro do financiamento internacional disponível atualmente para conservação florestal.</p>
<p>A cerimônia do Prêmio Earthshot ocorrerá em novembro, durante a COP30, em Belém, quando serão anunciados os cinco vencedores do ano. A expectativa é que o TFFF, caso vença, consolide o Brasil como referência mundial em inovação financeira ambiental e liderança climática.</p>

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