247 - O Ministério Público (MP) informou que o esquema de roubo de músicas, realizado por meio de perfis falsos no Spotify, era controlado por um único homem, identificado como Ronaldo Torres de Souza, de 46 anos. Ele admitiu o crime ao ser preso preventivamente na cidade de Passo Fundo (RS), em 5 de dezembro. O sertanejo foi a primeira pessoa presa por fraude em streaming musical no país. Em abril de 2024, foi descoberta uma rede composta por 209 perfis sertanejos falsos na plataforma, 444 músicas e 28 milhões de reproduções.
De acordo com informações publicadas pelo <a href="https://tab.uol.com.br/noticias/redacao/2025/01/21/boiada-fake-prisao-de-sertanejo-revela-submundo-do-sucesso-falso.htm">Portal Uol</a>, Souza coordenava uma rede de perfis falsos que disponibilizavam centenas de músicas roubadas de outros compositores. Os fãs também eram falsos: bots eram usados para simular reproduções nas músicas. Investigadores apontaram que Souza utilizava documentos falsos para cadastrar os artistas, mas registrava seu próprio Pix como destino das receitas geradas pelas músicas. Cerca de R$ 2,3 milhões em bens, incluindo carros, criptomoedas e outros ativos, foram apreendidos.
A Justiça de Goiás aceitou a denúncia, e Souza pode receber pena de até 10 anos de prisão. Caso seja condenado, ele responderá pelos crimes de estelionato, falsa identidade e violação de direitos autorais. Seu advogado, José Paulo Schneider, afirmou que ele "prestou todos os esclarecimentos ao MP" e continuará colaborando com a Justiça.

Leonardo Lucena

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Saiba quem é o sertanejo que enganava o Spotify criando artistas falsos

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