247 – A montadora chinesa BYD Co. Ltd., que recentemente inaugurou uma fábrica de veículos elétricos em Camaçari (Bahia), vai agora abrir um centro de pesquisa e desenvolvimento (P&amp;D) no Rio de Janeiro, dedicado a tecnologias de direção autônoma e combustíveis inteligentes. A informação foi divulgada pelo portal Brazil Stock Guide.
O anúncio foi feito pelo prefeito Eduardo Paes, ao lado do fundador e presidente da BYD, Wang Chuanfu, e da vice-presidente Stella Li. O novo laboratório ficará instalado nas proximidades do Aeroporto Internacional do Galeão, o que permitirá que visitantes internacionais tenham, logo na chegada, uma amostra do avanço da presença industrial chinesa no Brasil.
“Teremos todo o P&amp;D da BYD para direção autônoma sediado aqui no Rio”, afirmou Paes no sábado. “É um passo importante para a inovação na nossa cidade”, completou o prefeito.
<h2>Expansão estratégica e inovação tecnológica</h2>
A decisão ocorre poucos dias após a inauguração da planta industrial em Camaçari, que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Construído no antigo terreno da Ford, o complexo representa um investimento de US$ 620 milhões e consolida a fábrica como a principal base produtiva da BYD na América Latina.
A vice-presidente Stella Li destacou que o novo laboratório fluminense adaptará as tecnologias mais avançadas da empresa em combustíveis inteligentes e sistemas híbridos flex às condições locais, em parceria com universidades brasileiras.
<blockquote>&nbsp;“Vamos trazer a tecnologia automotiva mais avançada da China e desenvolvê-la em conjunto com equipes de P&amp;D locais”, afirmou Li.</blockquote>
<h2>Cooperação sino-brasileira e impacto simbólico</h2>
A escolha do Rio de Janeiro também tem valor simbólico e político. Eduardo Paes trabalhou na BYD durante o período em que esteve afastado da prefeitura, o que reflete uma afinidade entre as políticas municipais e a estratégia de diplomacia industrial chinesa.
O investimento reforça o papel da China como principal parceira comercial e tecnológica do Brasil e mostra como o capital chinês está redesenhando o mapa automotivo nacional, combinando inovação, sustentabilidade e integração produtiva.
Para a BYD, investir em pesquisa local é essencial para sua expansão na América Latina, permitindo criar soluções ajustadas às características do trânsito e da infraestrutura urbana de mercados emergentes, diferentes daquelas de países como China e Europa.
<h2>Um novo marco na indústria brasileira</h2>
Com o centro de P&amp;D no Rio, a montadora consolida uma presença robusta em território brasileiro, unindo produção em larga escala na Bahia e inovação tecnológica no Sudeste. A iniciativa deve gerar novas oportunidades de emprego qualificado, parcerias com instituições de pesquisa e avanços na mobilidade sustentável.
A expansão da BYD no Brasil evidencia o potencial de cooperação entre os dois países na transição para uma economia de baixo carbono, com foco em energia limpa, inovação e tecnologia automotiva.

Redação Brasil 247

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Negócios

BYD vai instalar centro de pesquisa em direção autônoma no Rio de Janeiro

247 - Em 2011, o então emergente mercado de veículos elétricos ainda era dominado pelo entusiasmo em torno da Tesla e de seu CEO, Elon Musk. Naquele ano, em entrevista à Bloomberg TV, Musk riu ao ser questionado sobre a fabricante chinesa BYD, ironizando: “Você já viu o carro deles? A tecnologia não é muito forte”.
Hoje, 14 anos depois, o cenário se inverteu. A BYD, criada por Wang Chuanfu, ultrapassou a Tesla e se tornou a maior produtora de carros elétricos do planeta. A informação é do portal <a href="https://neofeed.com.br/negocios/o-homem-que-criou-a-byd-agora-vai-dobrar-a-producao-de-carros-no-brasil/">NeoFeed</a>, que também revela os planos ambiciosos de expansão da montadora no Brasil.
<h2>Expansão recorde da fábrica baiana</h2>
Wang Chuanfu desembarcará em Camaçari (BA) na quinta-feira (9) para inaugurar oficialmente a nova fábrica da BYD, resultado de um investimento inicial de R$ 3 bilhões. O empresário aproveitará a visita para anunciar um plano que dobrará a capacidade de produção anual: de 300 mil para 600 mil veículos. Com essa ampliação, o investimento total deve ultrapassar R$ 6 bilhões.
A unidade, que já opera em fase de testes desde julho, é a maior fora da Ásia e tem papel estratégico na ambição da empresa de figurar entre as três maiores montadoras do Brasil até 2028. A meta seguinte é ainda mais ousada: liderar o mercado nacional de veículos até 2030.
<h2>Brasil se torna prioridade global</h2>
A BYD já é a sétima montadora em vendas no país, com 76,3 mil unidades comercializadas entre janeiro e setembro, segundo dados da Fenabrave. Com o novo plano industrial, a empresa busca consolidar o Brasil como seu principal mercado fora da China.
Alexandre Baldy, vice-presidente sênior da BYD Brasil e responsável pelas áreas comercial e de marketing, destaca o envolvimento direto de Wang nas operações locais. “Ele adora visitar os pontos de venda e entender o hábito do consumidor. É assim que desenvolve produtos alinhados às necessidades de cada país”, disse o executivo.
<h2>Da pobreza à liderança mundial</h2>
A trajetória de Wang Chuanfu é marcada por superação. Nascido em 1966, em Anhui, uma das províncias mais pobres da China, ele perdeu os pais ainda adolescente. Incentivado pelo irmão mais velho a continuar estudando, formou-se em Química e Física Metalúrgica na Central South University of Technology e concluiu mestrado no Instituto de Pesquisa de Metais Não Ferrosos de Pequim.
Em 1994, com um empréstimo de US$ 300 mil, fundou a BYD ao lado do primo Lu Xiangyang. A empresa começou produzindo baterias recarregáveis e rapidamente tornou-se fornecedora de gigantes como Motorola, Nokia e Samsung. Em 2003, entrou no mercado automotivo, um ano após o surgimento da Tesla, com uma visão clara: unir tecnologia de baterias à fabricação de veículos acessíveis.
<h2>Buffett, Munger e a consolidação da BYD</h2>
O salto global veio em 2008, quando a Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, comprou 10% da empresa por US$ 232 milhões. Na época, o investidor Charles Munger, braço direito de Buffett, elogiou o fundador: "Esse cara é uma combinação de Thomas Edison e Jack Welch. Nunca vi nada parecido”.
Com a expansão internacional e o foco em pesquisa e desenvolvimento, a BYD tornou-se sinônimo de inovação. Em 2025, a empresa registrou receita de US$ 51,7 bilhões e lucro líquido de US$ 2,2 bilhões, mantendo forte crescimento mesmo diante da guerra de preços na China e das pressões regulatórias na Europa.
<h2>Rivalidade sem revanchismo</h2>
Apesar da ultrapassagem histórica, Wang mantém respeito por Elon Musk, fundador da Tesla. Segundo Baldy, “ele admira Musk e entende que ele fez um grande trabalho com a Tesla. Os chineses não têm esse sentimento de revanchismo. São obstinados e focados em atingir o que desejam”.
Com fortuna estimada em US$ 25,8 bilhões e a BYD avaliada em US$ 134,5 bilhões, Wang Chuanfu reforça que o Brasil é peça-chave em sua estratégia global. A nova fase da montadora no país simboliza não apenas a consolidação de um império automobilístico, mas também o início de uma disputa cada vez mais equilibrada pelo futuro da mobilidade elétrica mundial.

Guilherme Levorato

Indústria

Fundador da BYD prepara expansão bilionária no Brasil

247 – A montadora chinesa BYD viu suas ações atingirem um recorde histórico nesta terça-feira (18) após o lançamento de uma nova tecnologia de baterias que promete revolucionar o mercado de veículos elétricos. Segundo informações da AFP, publicadas pelo <a href="https://www.shine.cn/biz/auto/2503185259/">Shanghai Daily</a>, o sistema, batizado de Super e-Platform, permite que um carro seja carregado em apenas cinco minutos, alcançando até 470 quilômetros de autonomia – um tempo comparável ao necessário para abastecer um veículo a combustão.
O anúncio foi feito na noite de segunda-feira pelo fundador da BYD, Wang Chuanfu, que destacou a inovação como um marco para eliminar a principal preocupação dos usuários de veículos elétricos: o tempo de recarga.
<blockquote>&nbsp;“Nosso objetivo é reduzir o tempo de carregamento dos veículos elétricos para o mesmo nível do abastecimento de veículos a combustão”, afirmou Wang.</blockquote>
O sistema Super e-Platform possui potência máxima de 1.000 kW, o dobro dos 500 kW oferecidos pelos Superchargers da Tesla. O lançamento da tecnologia foi acompanhado da apresentação de dois novos modelos da BYD: o Han L sedan e o Tang L SUV, que serão os primeiros a contar com o novo sistema.
A resposta do mercado foi imediata. As ações da BYD, listadas na bolsa de Hong Kong, dispararam mais de 6%, atingindo um novo pico antes de sofrerem um leve ajuste. A estratégia da montadora também inclui um ambicioso plano de infraestrutura, com a construção de mais de 4.000 estações de carregamento ultrarrápido em toda a China para suportar a nova tecnologia.
O crescimento acelerado da BYD contrasta fortemente com o desempenho da Tesla no mercado chinês. Em fevereiro, a montadora chinesa registrou um aumento impressionante de 161% nas vendas, ultrapassando 318 mil veículos elétricos comercializados. Enquanto isso, a Tesla amargou uma queda de 49% em suas vendas na China no mesmo período, reforçando o avanço da BYD no setor.
Com a nova tecnologia e uma expansão agressiva, a BYD se consolida como a principal concorrente da Tesla e líder da revolução elétrica global.

Mundo

BYD dispara na bolsa ao revolucionar setor de elétricos com recarga ultrarrápida

247 - A montadora chinesa BYD apresentou um novo sistema para carros elétricos, &nbsp;e afirmou que o objetivo da medida é carregar baterias quase tão rapidamente quanto um carro comum leva para reabastecer. CEO e fundador da empresa, Wang Chuanfu disse nesta segunda-feira (17) que foi identificada uma autonomia de 470 quilômetros (292 milhas) em cinco minutos em testes num veículo da companhia.
Conforme destacou a <a href="https://www.bloomberglinea.com.br/negocios/byd-lanca-sistema-que-carrega-carro-eletrico-em-5-minutos-e-como-encher-o-tanque/">Bloomberg</a>, o novo sedã elétrico CLA de nível básico da Mercedes-Benz Group, apresentado na semana passada, pode acrescentar 325 quilômetros em autonomia em 10 minutos de carregamento. Veículos elétricos da BYD poderão atingir 100 quilômetros por hora (100 km/h) em 2 segundos, afirmou Wang no evento na sede da empresa em Shenzhen, na China.&nbsp;
A iniciativa da montadora chinesa pode incentivar &nbsp;motoristas que não estão dispostos a fazer paradas longas a optar pelos modelos movidos a eletricidade. &nbsp;As velocidades de carregamento estariam bem à frente dos Superchargers da Tesla, pois, na empresa do bilionário Elon Musk, as estações de carregamento rápido podem adicionar até 275 quilômetros de alcance em 15 minutos.

Leonardo Lucena

Economia

BYD revoluciona mercado com carregamento de carro elétrico em apenas 5 minutos

247 – Numa <a href="https://www.caixinglobal.com/2024-12-08/weekend-long-read-byd-founders-pioneering-role-in-chinas-ev-dominance-102265260.html">entrevista recente concedida ao Caixin</a>, um dos maiores sites de economia e negócios da China, o fundador da BYD, Wang Chuanfu, refletiu sobre a trajetória da companhia, que se tornou uma das maiores do mundo e a líder incontestável em carros elétricos. A história da BYD Co. Ltd., empresa sediada em Shenzhen que superou a Tesla Inc. como maior produtora mundial de veículos elétricos (VEs) em 2023, é um exemplo emblemático de superação e visão estratégica. Fundada por Wang Chuanfu no final dos anos 1990, a BYD começou como uma fabricante de baterias e, ao longo de quase três décadas, transformou-se em um gigante global de VEs.
A trajetória, no entanto, não foi linear. Em 2003, a BYD adquiriu a Xi’an Qin Chuan Automobile, marcando sua entrada no setor automotivo. Dois anos depois, a empresa apresentou seu primeiro conceito de carro elétrico, o ET, no Salão do Automóvel de Pequim. Apesar dos avanços, a jornada foi marcada por desafios significativos, como a dependência de subsídios governamentais e a resistência do mercado aos veículos elétricos.
Na entrevista ao Caixin, Wang refletiu sobre os erros e acertos da BYD. “Pagamos um preço alto por nossos erros. No futuro, precisamos fazer previsões mais conservadoras e não superestimar a demanda”, afirmou. A empresa, que chegou a enfrentar crises de estoque e ceticismo do mercado, conseguiu se reinventar com uma estratégia focada em veículos híbridos plug-in, que se mostraram mais adequados à realidade da infraestrutura de carregamento na China.
Hoje, a BYD é um símbolo do crescimento da indústria automotiva chinesa, com receita superior a 600 bilhões de yuans (US$ 82,8 bilhões) em 2023 e uma participação de mercado de 50% no segmento de veículos híbridos plug-in. No entanto, Wang reconhece que os desafios continuam, especialmente em um cenário de crescente competição doméstica e barreiras comerciais internacionais.

Da humilde fábrica de baterias ao gigante global de veículos elétricos: a trajetória da BYD sob a liderança de Wang Chuanfu

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