HOME > América Latina

Bolívia: sindicatos marcham contra retirada do subsídio aos combustíveis

Decreto do presidente Rodrigo Paz elevou os preços dos combustíveis, com reajustes de 86% na gasolina e de 162% no diesel

Protesto na Bolívia (Foto: Captura de tela/Vídeo)

247 - Sindicatos estatais de mineradores, da indústria e de professores da Bolívia intensificaram a pressão nesta quinta-feira (25), pelo quarto dia consecutivo, contra a retirada do subsídio aos combustíveis, medida publicada há dois dias pelo governo de Rodrigo Paz.

Segundo o canal Alma Plus TV, a manifestação realizada em La Paz na quarta-feira (24) terminou sem repressão policial, diferentemente do protesto ocorrido na terça-feira (23).

As organizações, filiadas à Central Operária Boliviana (COB), promoveram uma caminhada pelas principais ruas do centro da capital boliviana, com o objetivo de chegar à praça Murillo, sede do poder político onde estão a Casa do Governo e o Legislativo nacional. Ainda assim, o local foi cercado por policiais de choque e reforçado com grades.

O secretário-executivo da COB, o minerador Mario Argollo, reiterou à imprensa o caráter pacífico da mobilização. “(Os policiais) são companheiros que vão viver e certamente sentir, em algum momento, o impacto econômico que terão. É uma marcha pacífica e, dessa forma, vamos tornar conhecido nosso descontentamento em relação a esse decreto”, declarou Argollo, segundo a agência espanhola.

A COB convocou, desde segunda-feira (22), uma greve geral estatal por tempo indeterminado. O decreto 5503, em vigor há uma semana, elevou os preços dos combustíveis, com reajustes de 86% na gasolina e de 162% no diesel em relação aos valores subsidiados que vigoraram por mais de 20 anos, de acordo com a Alma Plus. Desde sua promulgação, a medida vem gerando ampla rejeição entre setores populares e analistas econômicos.

Artigos Relacionados