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    Maduro sinaliza interesse em retomar diálogo com EUA após sanção de Trump à Chevron

    Presidente venezuelano critica medida de Trump, que revogou licença da petroleira, e afirma que decisão prejudicou repatriamento de migrantes

    Nicolás Maduro (Foto: Prensa Latina )
    Luis Mauro Filho avatar
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    247 - O presidente venezuelano Nicolás Maduro declarou nesta quarta-feira (4) estar interessado em retomar conversas com os EUA após a revogação da licença da petroleira Chevron para operar na Venezuela pelo governo de Donald Trump. As declarações foram feitas durante inauguração do Passeio das Heroínas, em Caracas, em evento alusivo ao Dia Internacional da Mulher, e repercutidas pelo portal El Nacional.

    "O imperialismo tomou decisões e deu um tiro no próprio pé ao sancionar uma empresa estadunidense, a Chevron, que trabalha há 100 anos aqui", afirmou Maduro. O presidente, porém, deixou claro que está disposto a restabelecer contato com a administração Trump para resolver "este e outros temas pendentes".

    Maduro destacou que a medida norte-americana, anunciada na terça-feira (3), também impactou os voos programados para repatriar migrantes venezuelanos. A estatal Conviasa, responsável pelas viagens, teve os planos afetados. "É triste que haja perseguição contra esses seres humanos que foram buscar um futuro econômico melhor", lamentou. O presidente acrescentou que não vê obstáculos para que a Chevron continue no país e convidou "todos que queiram" a investir na Venezuela.

    Contexto da sanção e tensões migratórias

    A licença da Chevron foi revogada após críticas de Trump à lentidão do governo Maduro em acelerar deportações de venezuelanos indocumentados nos EUA. A empresa terá até 3 de abril para encerrar operações no país. Segundo o The Wall Street Journal, a medida complica ainda mais a promessa de deportação em massa feita por Trump, que já enfrenta desafios logísticos e financeiros.

    O jornal norte-americano apontou divisões internas na administração Trump sobre a estratégia em relação à Venezuela. Desde 20 de fevereiro, não houve novas visitas diplomáticas a Caracas nem voos de deportação, conforme fontes próximas às negociações. Em fevereiro, 366 venezuelanos foram repatriados dos EUA em três voos. Um quarto voo, com 242 deportados do México, incluindo mulheres e crianças, chegou à Venezuela em 24 de fevereiro, fruto de um acordo bilateral.

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